Brasil precisa de “saída” dos programas sociais

Apesar das críticas às políticas, ex-presidente do BC destacou os esforços do governo Lula para manter diálogo neutro em tensões com os EUA

O ex-presidente do BC (Banco Central) Roberto Campos Neto disse que os programas sociais no Brasil não têm uma “porta de saída”. Dessa forma,  acaba exigindo mais esforço financeiro do governo federal. Em fala no evento Advance 25 nesta 6ª feira (11.abr.2025), ele enfatizou a necessidade de criar condições para a autonomia financeira dos cidadãos.

Para Campos Neto, o governo precisa achar uma forma de se reinventar nesse aspecto. “A gente precisa achar uma forma de falar com as pessoas que ‘eu não quero te dar dinheiro, eu quero te dar a prosperidade, eu quero te dar a oportunidade’”, disse Campos Neto.

Outro aspecto destacado pelo ex-presidente do BC é a forma que se dá a transferência de renda. “Se tirar de quem investe para programas de transferência parece que estou ajudando, mas estou tirando a prosperidade futura”, falou.

Tarifaço de Trump

Apesar das críticas às políticas –muitas destas estabelecidas durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)– o ex-presidente do BC avaliou que o governo petista se manteve neutro em relação às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). Para ele, o Brasil não é um foco principal nas disputas comerciais globais.

“Olha, eu acho que o Brasil tem adotado uma postura, em relação a isso, bastante neutra e tentando conversar. Eu acho que o Brasil não é, vamos dizer assim, um grande problema nesse nesse mundo da guerra comercial”, disse ao Poder360. “Eu acho que o Brasil está com uma postura construtiva, positiva e tem negociado. Precisa entender o que vai ser o objetivo final disso. Acho que existe uma confusão em relação ao objetivo final”.

Além disso, Campos Neto afirmou que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos não apresenta grandes assimetrias que possam gerar preocupação por parte dos Estados Unidos.

“Tem uma coisa que é mais específica dos Estados Unidos para a China, e uma coisa que é tentar voltar a reciprocidade. Se a gente entender que é isso, voltar a reciprocidade, acho que o Brasil tem feito um trabalho bom “, afirmou.


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