Foz do Iguaçu (PR) – Quase 200 militares, sendo 172 brasileiros e 20 militares do Exército Paraguaio, estão envolvidos na Operação Paraná IV, na fase da Simulação Construtiva, de 5 a 16 de maio. A operação é um exercício combinado e tem como objetivo fortalecer os laços de cooperação e a amizade entre os Exércitos do Brasil e do Paraguai, estabelecendo um entendimento mútuo sobre os procedimentos para o planejamento e a condução de operações.
Nesta fase, a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec) concentrou os militares participantes em Foz do Iguaçu (PR), tríplice fronteira com Paraguai e Argentina. Os oficiais realizaram o chamado “jogo de guerra”, uma operação simulada onde os vários escalões devem avaliar as situações encontradas e tomar as melhores decisões para a condução das tropas. A simulação tem o apoio técnico do Centro de Adestramento Sul (CA-Sul), sediado em Santa Maria (RS).
Para o Comandante da 5ª Divisão de Exército, General de Divisão Ricardo José Nigri, as discussões sobre as manobras simuladas são muito importantes para promover uma troca de conhecimentos e experiências entre os oficiais brasileiros e paraguaios. “Ao final da operação há um ganho muito grande para o Exército Brasileiro e para o Exército Paraguaio. Além de nós desenvolvermos a diplomacia militar, nós estamos incorporando conhecimentos doutrinários importantes para os dois países”, afirma o General Nigri.
O General de Brigada Evandro Luis Amorim Rocha, Comandante da 15ª Bda Inf Mec, explica que o exercício combinado está fortalecendo uma relação que já existe entre os dois exércitos. “Pelas características da nossa brigada estar debruçada na faixa de fronteira com Paraguai e também com a Argentina, nos estados do Paraná e Santa Catarina, nós já temos um estreito contato com as tropas da 3ª Divisão de Infantaria do Exército Paraguaio, em operações na faixa de fronteira, combatendo ilícitos transfronteiriços”, conta o General Amorim.
Na visão do Comandante da 3ª Divisão de Infantaria do Exército Paraguaio, General de Brigada Pedro Rolando Martínez Campusano, a operação é muito proveitosa para o Paraguai porque serve para aumentar as capacidades do exército do país vizinho. “A interoperabilidade e a integração de ambos os exércitos são muito proveitosas e têm um grande alcance. Faz tempo que aproveitamos os conhecimentos com a atuação conjunta das duas forças”, diz o General Martínez.
A Operação Paraná IV conta com a participação de representantes brasileiros do Comando de Operações Terrestres, do Comando Militar do Sul, da 5ª Divisão de Exército, da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, do Centro de Adestramento Sul, do Comando de Aviação do Exército e da Brigada de Infantaria Aeromóvel. O Exército Paraguaio está representado por militares da 3ª Divisão de Infantaria. A atividade serve como preparação direta para a próxima fase da operação, a Simulação Viva, prevista para agosto, no qual, tropas dos dois países serão desdobradas no terreno.
Quarto ciclo
Nas primeiras edições da Operação Paraná, as tropas foram treinadas no contexto de operações ofensivas. Na terceira edição, entretanto, inserida no escopo da Conferência dos Exércitos Americanos (CEA), o exercício priorizou operações de ajuda humanitária, ampliando a participação de diversas nações do continente americano. No ciclo atual (2024-2025), a atividade retoma seu caráter bilateral, envolvendo Brasil e Paraguai, e volta a enfatizar um cenário tático voltado para ações ofensivas.
FONTE: EB
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