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Milei afirmou que os países precisam ‘agradecer’ a ele pela diminuição.
‘Sabe quanto era a tarifa? 35% mais as penalidades pelo Mercosul. Mas por que nos colocaram 10% e para o Mercosul 10%? Colocaram 10% para nós, mas isso gerava um desvio de comércio. Estenderam para o Mercosul, e, quando viram quanto o Mercosul pesava dentro da América do Sul, colocaram 10% para todos. Ou seja, eles têm que agradecer’, afirmou o mandatário argentino.
A fala aconteceu nessa segunda-feira (14), quando Milei recebeu em Buenos Aires o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. Os dois reafirmaram compromissos comerciais.
O dia também marcou o início da redução nos controles cambiais da Argentina, o que fez a moeda do país despencar, enquanto os mercados de ações e títulos do Tesouro no país registraram fortes altas. A medida, chamada de ‘cepo’, foi anunciada na última sexta-feira (11) pelo Banco Central da Argentina.
No primeiro dia útil após os anúncios, a moeda argentina se desvalorizou 11,38% em relação ao dólar. Enquanto isso, o S&P Merval, índice que mede o desempenho das ações mais líquidas da Argentina, registrou alta de 4,70%.
O movimento determina o fim da paridade fixa para o peso e introduz o ‘câmbio flutuante’, que é quando o valor da moeda é determinado pela oferta e demanda do mercado. O governo do presidente Javier Milei testa o fim do sistema de restrição do câmbio, que limita a compra de dólares e de outras moedas estrangeiras pelos argentinos.
Presidente da Argentina Javier Milei — Foto: emiliano lasalvia / AFP
O novo regime de taxa de câmbio da Argentina acaba com o chamado ‘cepo’ — uma série de restrições cambiais impostas pelo governo em 2019 para controlar a compra e venda de dólares.
Na época, o governo implementou a medida para limitar a compra de moeda e evitar a fuga de capitais para estabilizar a economia argentina, em meio a problemas nas contas públicas e alta dos preços.
Junto com a redução do controle cambial, Argentina fechou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O dinheiro, segundo o ministro da Economia, Luis Caputo, permitirá a ‘recapitalização do BC para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação’.
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