Brasil é menos prejudicado por tarifas de Trump

Guga Chacra: Trump sepulta a OMC

No caso do Brasil, o status quo anterior certamente era melhor. As tarifas a quase todos os países da América Latina também se situam no patamar mais baixo. Já na Ásia e na Europa, no mais alto. Na África, há variações entre os países. Seria um sinal para os latino-americanos? Uma forma de não os perder para a China?

Visto de Nobel da Paz é cancelado por Trump

Homem mais poderoso do planeta e pela segunda vez eleito presidente dos EUA, Donald Trump nunca negou que sonha receber o Prêmio Nobel da Paz. Argumentava, no primeiro mandato, ter negociado acordos de estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e alguns países do Golfo Pérsico, como os Emirados Árabes, que nunca foram inimigos ou travaram guerra contra os israelenses. Desta vez, aposta em um possível sucesso na mediação para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia. Porém, considerando a guerra em Gaza, é impossível que seja premiado depois de defender a limpeza étnica dos palestinos e a anexação do território pelos EUA.

Outro governante do continente americano que exerceu a presidência de seu país em dois períodos diferentes recebeu o Nobel da Paz por negociar o fim de guerras civis na América Central. Trata-se de Oscar Arias, presidente da Costa Rica entre 1986 e 1990 e, mais tarde, em 2006 e 2010. Arias ganhou o prêmio em 1997 por mediar o fim dos conflitos em El Salvador e na Nicarágua e se tornou uma das figuras mais associadas à paz em todo o planeta.

Trump, no entanto, se irritou quando Arias, um senhor de 86 anos, o descreveu como um imperador romano. A descrição estava dentro do contexto envolvendo a visita de Volodymyr Zelensky à Casa Branca. Como provável punição, por meio do Departamento de Estado, o presidente dos EUA cancelou o visto do ex-líder costa-riquenho. Com essas atitudes, cada vez fica mais claro que Trump jamais receberá o Nobel. Já Arias sempre terá o legado da luta pela paz.