Brasil e Guiana Francesa coordenam combate ao garimpo ilegal

Brasil e Guiana Francesa planejam coordenar e intensificar medidas para combater o garimpo ilegal.

Durante as reuniões do G7, na Itália, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, para discutir a colaboração entre os países no combate à mineração ilegal no Brasil e no departamento francês.

A Guiana Francesa faz fronteira com o estado o Amapá, uma parte do país que historicamente sofre com a mineração ilegal significativa por garimpeiros.

Durante a visita de Macron ao Brasil em março, “Brasil e França firmaram acordo em torno do combate às ameaças à segurança e ao meio ambiente, e os riscos à saúde que afetam a região transfronteiriça”, declarou o governo brasileiro em comunicado.

“As partes reafirmam seu compromisso em cooperar no âmbito bilateral e no âmbito regional no Escudo das Guianas [uma área geológica do nordeste da América do Sul], no combate à criminalidade transfronteiriça, em especial ao garimpo ilegal, o tráfico de madeira e de espécies de fauna e flora silvestres ameaçadas de extinção. Nesse intuito, pactuaram a cooperação nas áreas da polícia e da inteligência e de outras questões de interesse comum”, acrescentou.

A coordenação entre Brasil e França ocorre no momento em que grandes mineradoras pressionam o governo brasileiro para aumentar o combate à atividade criminosa no norte do país, o que manchou a reputação do setor de mineração brasileiro e também representa ameaças às mineradoras formais que operam em áreas onde existem redes criminosas significativas.

Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e antigo ministro da Defesa, tornou uma das suas prioridades no Ibram apelar ao governo por mais esforços para combater a mineração ilegal no norte do país.

O BNDES também deve assinar, nesta segunda-feira (17), um contrato de R$ 320 milhões (US$ 61 mi) para apoiar as ações do Ministério da Justiça contra o crime nesta parte do Brasil.

“Além de investimento nos profissionais de segurança federais e locais, as ações de inteligência e fiscalização serão reforçadas a partir da aquisição e do aluguel de equipamentos para enfrentar o crime organizado, como helicópteros de médio porte, lanchas blindadas e viaturas”, explicou o governo em comunicado.

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