Com a exceção da Guiné Equatorial, os outros sete Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) melhoraram a pontuação no `ranking` de 2024 do Índice de Desenvolvimento de Infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota”.
Esta iniciativa, anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, envolve mais de 80 países no plano estratégico internacional de Pequim de desenvolver ligações marítimas, rodoviárias e ferroviárias, mas também investimento em recursos energéticos.
No `ranking` liderado pela Arábia Saudita, Indonésia e Vietname, o Brasil (5.º) é o país lusófono com a melhor pontuação.
Segue-se, entre os países da CPLP, Angola (20.º), Moçambique (38.º), Portugal e Guiné Equatorial (ambos no 54.º lugar), Cabo Verde (69.º), Timor-Leste (70.º), São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau (ambos no 73.º).
O índice avalia o ambiente, a procura, a recetividade e os custos para o desenvolvimento de infraestruturas em 84 países. Quanto mais alta for a pontuação, melhor será a perspetiva da indústria de infraestruturas de um país e maior será o grau de atratividade para as empresas se empenharem no investimento, construção e operações nesta área naqueles territórios.
Portugal e Guiné Equatorial são, entre os países lusófonos, na perspetiva do relatório chinês, aqueles com a melhor pontuação no subíndice de desenvolvimento relacionado com os custos, operacionais e de financiamento.
O documento destacou “a série de reformas implementadas pelo Governo português para melhorar o ambiente de negócios” e a aprovação, em dezembro, do Programa Nacional de Investimentos até 2030 como fatores que deram “um novo impulso” às infraestruturas.
Brasil é o que mais se destaca nos subíndices da procura, que junta fatores como procura e mercado potencial, e da recetividade local e entusiasmo de curto prazo no investimento de infraestruturas, calculado, por exemplo, com base no valor dos novos contratos.
Já Moçambique lidera entre os lusófonos no subíndice associado ao ambiente, que agrega fatores políticos, económicos, soberania, fatores de impacto no mercado, bem como os cenários empresariais e industriais.
O relatório assinalou “uma subida moderada” nos custos de construção nos mercados de língua portuguesa e alertou para os “consideráveis obstáculos” que os países enfrentam no “desenvolvimento sustentável de infraestruturas de elevada qualidade”.
O documento foi apresentado no 15.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, que está a decorrer em Macau, reunindo representantes de mais de 70 países e regiões.
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