Brasil confirma 1º caso da nova cepa de mpox em São Paulo

Paciente é uma mulher de 29 anos da região metropolitana paulistana; está internada e apresenta boa evolução

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou na 6ª feira (7.mar.2025) o 1º caso no Brasil da nova cepa da mpox. A paciente é uma mulher de 29 anos moradora da região metropolitana paulista.

De acordo com a secretaria, a mulher começou a apresentar sintomas em 16 de fevereiro. Ela teria tido contato com um familiar vindo da República Democrática do Congo, onde a cepa tem circulação endêmica.

A paciente está internada em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na zona oeste da capital paulista, e apresenta boa evolução clínica. Até o momento, segundo as autoridades, não foram identificados casos secundários.

O Ministério da Saúde monitora a investigação e mantém comunicação com as secretarias de Saúde estadual e municipal. Entre as medidas adotadas estão:

  • notificação à OMS (Organização Mundial da Saúde);
  • fortalecimento da vigilância epidemiológica; e
  • busca ativa por pessoas que tiveram contato com a paciente.

Em 2024, São Paulo registrou 1.126 casos de mpox, sem mortes. Em 2025, até 7 de março, foram confirmados 115 casos no Estado.

Em agosto de 2022, a OMS declarou o fim da emergência de saúde pública internacional para a mpox, mas voltou a classificar a doença como emergência sanitária global em agosto de 2024, por causa da rápida disseminação da variante clado Ib na África.

A nova cepa tem apresentado maior transmissibilidade e potencial para causar quadros mais graves, principalmente em crianças e pessoas imunossuprimidas, segundo estudos preliminares do CDC norte-americano (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos).

Entenda o que é a mpox

A mpox é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida por animais —no caso, os vetores são principalmente roedores. Ela foi chamada inicialmente de varíola dos macacos, depois de primatas apresentarem lesões parecidas às da varíola humana em um laboratório na Dinamarca, em 1958. O 1º caso em humanos foi registrado em 1970, na República Democrática do Congo.

A doença é causada por um vírus similar ao da varíola humana, responsável por grandes epidemias no passado e erradicado com a vacinação. A mpox causa lesões bolhosas na pele, formando uma crosta que depois cai. Embora seja uma zoonose, ela também é transmitida de pessoa para pessoa.

  • como a doença é transmitida?

O principal meio de transmissão é por meio do contato direto com as lesões –daí, a facilidade do contágio pela via sexual. Mas também pode ser transmitida por gotículas, ao falar ou respirar, e pelo contato com roupas de cama ou objetos de uso pessoal.

A pessoa só deixa de transmitir quando todas as lesões de pele estão completamente cicatrizadas. O problema é que o tempo de incubação (período entre o vírus entrar no organismo e os sintomas aparecerem) pode ser longo, de até 21 dias. E esse também pode ser o prazo até a cicatrização completa das feridas. Para piorar, os sintomas iniciais podem ser inespecíficos, como febre e vermelhidão na pele.

A doença pode ser autolimitida, ou seja, se resolver sozinha, mas também apresentar complicações como infecções secundárias, podendo ser fatal em alguns casos.

O tratamento busca o alívio dos sintomas e a prevenção de sequelas. Existe um medicamento antiviral, o tecovirimat, usado em alguns casos, mas que parece não ser tão efetivo contra nova cepa.


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