A presidente do Peru, Dina Boluarte, faltou a um depoimento que estava marcado para esta terça-feira (25/02) na sede do Ministério Público do país Ela deveria prestar depoimento relativo ao seu possível envolvimento no chamado Caso Cofre Presidencial, que investiga seu possível envolvimento em um esquema de desvio de recursos do Estado destinado a programas sociais.
A procuradoria acusa a líder peruana de ter cedido um veículo oficial da Presidência para a da fuga do líder do partido político Peru Livre, Vladimir Cerrón, que também era governador do Departamento de Junín, em episódio que ocorreu em novembro de 2024.
Cerrón é acusado de liderar uma suposta rede criminosa chamada “Os Dinâmicos do Centro”, que teria criado um esquema de cobrança de propinas através da contratação de pessoas ligadas ao partido Peru Livre em diferentes departamentos do serviço público.
O envolvimento da presidente no caso passou a ser cogitado a partir de documentos que conectavam o caso a contratações feitas pelo atual ministro do Interior, Juan José Santiváñez.
Vale lembrar que Boluarte foi militante do partido Peru Livre entre 2020 e 2023, período no qual ela foi eleita vice-presidente do Peru, na fórmula com Pedro Castillo, que terminou sendo derrubado da Presidência após uma tentativa fracassada de golpe de Estado.
Dina Boluarte responde na Justiça peruana em dois processos por casos de corrupção nos quais ela é suspeita de estar envolvida
Aquela manobra política de Castillo o levou a ser preso e terminou com a então vice Dina Boluarte assumindo o poder. Atualmente, ela se encontra sem partido.
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Caso Qali Warma
Caso Boluarte tivesse comparecido ao Ministério Público, seria a segunda vez que a mandatária visitaria o edifício em menos de 24 horas.
Ela esteve no local nesta segunda-feira (24/02), para responder perguntas sobre seu possível envolvimento no chamado Caso Qali Warma, no qual ela é acusada pelo crime de negociação incompatível com o programa responsável pela distribuição de alimentos em escolas de áreas vulneráveis.
Segundo o Ministério Público, o esquema buscava favorecer a empresa Frigoinca, que possui contratos milionários com o Estado para a distribuição de alimentos em escolas públicas, através do programa social Qali Warma, que teria distribuída carne de cavalo enlatada, causando intoxicação de alunos da rede pública em regiões como Cajamarca e Puno.
Com informações de La República e TeleSur.
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