Bolsonaro se pirulitou para ‘Hungria’ antes do Brasil acolher o Peru 

E ele foi. Diante da apreensão de seu passaporte em 8 de fevereiro do ano passado, em meio a uma operação da PF sobre a tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente dormiu na Embaixada da Hungria, governada pela extrema direita de Viktor Orbán, entre 12 e 14 de fevereiro.

Considerando que ele não estava atrás de um bom prato de goulash húngaro e nem de um Airbnb de luxo, o “mito” se muquiou com medo de um desdobramento da operação da Polícia Federal o levar para o xilindró. Na prática, houve um pocket asilo a Bolsonaro, um test drive de fuga, uma vez que terreno de embaixada conta, por convenções internacionais, com imunidade.

Além disso, Bolsonaro se escafedeu do país, em 30 de dezembro de 2022, antes mesmo de terminar o seu mandato. Diz que foi para não passar a faixa presidencial, mas o plano golpista, que, segundo a denúncia, envolveu de minuta de golpe até esquema para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, revela que ele tinha razão para temer ficar no Brasil e ser preso.

Com o retorno de Donald Trump ao poder, ele poderia pedir asilo político aos Estados Unidos, sob a justificativa de “comandar a resistência” direto de Orlando, na Flórida. A falta de passaporte é o de menos, há outras formas de fugir do país caso necessário seja, ainda mais com alguém com recursos financeiros e políticos para tanto, como ele mesmo já deixou claro. Ir para o Paraguai e Argentina e, de lá, para os EUA, por exemplo.

E Bolsonaro pode ficar tranquilo, pois o governo brasileiro sob Lula nunca invadiria território protegido por convenções internacionais como fez Daniel Noboa do Equador. Atropelando as convenções internacionais, a polícia equatoriana entrou, em 5 de abril de 2024, na Embaixada do México, em Quito, onde estava refugiado o ex-vice-presidente Jorge Glas, e o prendeu.

O empresário-presidente, eleito e reeleito, que governa à direita, tentou justificar o injustificável dizendo que o asilo concedido a Glas é ilegal uma vez que ele foi condenado a seis anos de prisão por corrupção. Na prática, é como se território soberano de outro país tivesse sido invadido por um governo que se diz amigo. Com isso, o México cortou relações diplomáticas com o Equador e o Brasil condenou veementemente a agressão. Lula, inclusive, declarou solidariedade a Andrés Manuel López Obrador, presidente do México.


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