De acordo com o comissário da POP, o grupo atuava nas imediações de bancos e tinha como vítimas comerciantes que se deslocam para levantar “avultadas somas em dinheiro” para a compra da castanha de caju.
A Guiné-Bissau vive neste momento a campanha de comercialização da castanha de caju, principal produto agrícola e de exportação do país, que faz movimentar grandes quantidades de dinheiro.
“É uma prática recorrente. É uma quadrilha de pessoas que costumam assaltar outras pessoas quando saem dos bancos com avultadas somas em dinheiro para efetuar a compra da castanha do caju”, enfatizou o general Salvador Soares.
Em conferência de imprensa, ladeado por vários responsáveis do Ministério do Interior, o chefe da polícia guineense apresentou os alegados ladrões e pistolas que aqueles, supostamente, utilizam nas suas ações.
Um dos integrantes da quadrilha seria um cidadão da Guiné-Conacri, que, disse o general Soares, atravessava a fronteira entre os dois países para participar nas ações criminosas e depois retornar ao seu país.
O grupo também utiliza motorizadas e táxis na abordagem às vítimas.
A POP apresentou hoje um táxi que supostamente seria utilizado nas ações criminosas.
Entre os principais visados pela ação da quadrilha hoje apresentada estão comerciantes da Mauritânia que nesta altura do ano compram castanha do caju nas cidades e vilas guineenses, notou o comissário da POP.
Salvador Soares exortou os comerciantes a pedirem a colaboração da POP nas suas atividades.
“Chamamos a atenção aos comerciantes. Quando vão ao banco que solicitem a escolta policial para evitar assaltos de bandidos”, referiu o general Soares.
Além de assaltantes aos comerciantes, o comissário da POP guineense apresentou também três vacas que teriam sido recuperadas pela polícia, após terem sido roubadas no matadouro de Bissau.
O comissario da POP disse que a policia está a investigar um assalto à mão armada ocorrido recentemente na vila de Safim, a 13 quilómetros de Bissau, onde ladrões roubaram 49 milhões de francos CFA a um comerciante mauritaniano.
Numa outra ação, o ministro do Interior, Botche Candé, apresentou hoje um camião, supostamente recuperado na vila de Safim, com 322 sacos de 50 quilogramas da castanha de caju que tinham sido roubados recentemente.
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