O Banco Central do Uruguai (BCU) decidiu por unanimidade manter a taxa de política monetária em 9,25%, com o objetivo de continuar a convergência da inflação para a meta anual de 4,5%. Essa decisão aprofunda a postura contracionista da política econômica, dada a queda nas expectativas de inflação, informou o BC uruguaio.
A inflação ficou em 5,36% em abril e está a caminho de atingir 24 meses consecutivos dentro do intervalo de tolerância (3%-6%). O núcleo da inflação oscilou em torno do teto do intervalo, sugerindo que ainda persiste uma rigidez que impede uma desinflação mais equilibrada.
As expectativas de inflação de dois anos dos analistas foram reduzidas de 5,8% para 5,5% e as dos mercados financeiros de 6,1% para 5,3%, pontuou o BCU.
As projeções de inflação de curto prazo do Banco Central mostram uma queda um pouco maior do que a prevista na reunião anterior do comitê, o que deve permitir que a meta de 4,5% seja atingida nos próximos 12 meses.
“No âmbito global, as projeções de crescimento, que já foram revisadas para baixo, continuam a ser afetadas pela incerteza persistente das políticas. No Uruguai, os indicadores de curto prazo mostram que a atividade continua menos dinâmica do que na reunião anterior”, acrescentou a instituição.
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