Nos primeiros três meses do ano o banco espanhol Bankinter viu o resultado líquido crescer 35% face a igual período de 2024, ascendendo a 270 milhões de euros. Para isso contribuiu o crescimento do negócio em Espanha e nos países onde marca presença, como Portugal.
A sucursal do Bankinter em Portugal contribuiu com 56 milhões de euros antes de impostos para o grupo Bankinter, o que correspondeu a mais 19% do que no primeiro trimestre de 2024, e representou, segundo o comunicado enviado às redações esta quinta-feira, “um contributo de 14,8% para as contas do grupo”.
“Os ativos totais do grupo situam-se a 31 de março de 2025 nos 123.851 milhões de euros, com um crescimento de 9,7% face ao mesmo período de 2024”, refere o banco liderado por Gloria Ortiz.
Crédito e recursos a crescer
A carteira de crédito a clientes alcançou os 80.764 milhões de euros, mais 4,8% do que nos primeiros três meses de 2024. Por seu turno, os recursos de clientes registam um crescimento de 12,8%, para 158.038 milhões de euros. Os recursos de clientes do retalho alcançaram os 84.469 milhões de euros, mais 7,3%. Já os recursos geridos fora de balanço, como sejam fundos de investimento próprios e de terceiros comercializados pelo banco, fundos de pensões, gestão patrimonial entre outros, “consolidam a forte tendência de subida que se vinha a registar no exercício anterior, situando-se no final de março nos 59.073 milhões de euros, mais 17% do que há um ano”, refere o Bankinter.
O crescimento do negócio em todas as frentes permitiu ao Bankinter atingir “rentabilidades históricas, com um ROE de 18,8% e com uma eficiência de 36,76%, liderando o sector em Espanha”.
No comunicado do banco a mensagem é a de que “tudo isto se reflete nos valores muito positivos dos principais indicadores, como a rentabilidade, a morosidade ou a eficiência”.
No que diz respeito à morosidade, “melhora em sete pontos-base face ao rácio de há um ano, situando-se nos 2,16%, valor inferior à média dos bancos espanhóis e europeus”.
Também “o rácio de eficiência, que a par do rácio de morosidade é um indicador-chave em tempos de incerteza, situa-se nuns bem-sucedidos 36,76%, liderando os melhores valores registados pelo setor em Espanha”, refere o comunicado. E no que toca à liquidez, “mantém-se em níveis muito positivos: o rácio de depósitos sobre créditos é de 105%”.
Portugal é a mais importante geografia
O banco liderado por Gloria Ortiz refere que “a segunda geografia mais importante é Portugal, onde o Bankinter mantém uma forte tendência de crescimento em todas as rubricas da conta de resultados”.
Portugal, prossegue o banco, destaca-se pelo “crescimento especialmente significativo dos recursos de clientes, de 19% para 9.000 milhões de euros. Alcançaram esse mesmo volume os recursos geridos fora de balanço mais ativos sob custódia, que neste caso crescem 12%. Quanto à carteira de crédito, soma 10.000 milhões de euros”.
A casa-mãe em Espanha refere que em Portugal “vale a pena destacar, por um lado, a boa evolução do Universo, o projeto lançado pelo banco juntamente com a Sonae em dezembro de 2023, focado no mercado de crédito ao consumo, e por outro as inovações tecnológicas para melhorar a experiência do cliente, projetando perspetivas interessantes de crescimento a médio prazo”.
Também na Irlanda o negócio tem “perspetivas” idênticas de crescimento. A sucursal na Irlanda já gere “uma carteira de crédito de 4000 milhões de euros, que é 23% superior ao valor do primeiro trimestre de 2024, com um rácio de morosidade de apenas 0,3%. Dentro desta carteira, 3000 milhões de euros são hipotecas, que crescem 24%, e o restante valor corresponde ao negócio de crédito ao consumo, que cresce 15%. Quanto ao resultado antes de impostos, foi de 11 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, mais 18% do que o obtido há um ano.”
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