Ávoris lançou em Portugal a Special Tours que segundo Constantino Pinto tem uma “filosofia completamente diferente” da Nortravel

Na segunda parte da entrevista a Constantino Pinto, diretor comercial da tour operação do Grupo Ávoris em Portugal, falámos das várias marcas que, além da Travelplan, estão a operar em Portugal, concretamente, a LePlan, a Catai, a Welcomebeds e a Marsol, para além da mais portuguesa de todas, a Nortravel, que recentemente começou a operar também circuitos da Special Tours, outro dos operadores turísticos da Ávoris.

Na primeira parte da nossa entrevista o foco foi para a operação da Travelplan, mas o grupo Ávoristem outras marcas e outros produtos no mercado em Portugal. No caso daLePlan, como é que estão a decorrer as vendas?

A LePlan, com o produto Disney, está a fazer um investimento grande em divulgação, investimento esse que vem na sequência de outros que já fizemos, nomeadamente no site. Eu diria mesmo que, atualmente, e com todo o respeito pela nossa concorrência, o nosso site é claramente o melhor, o mais versátil, o mais intuitivo e aquele que permite entrar em tempo real no inventário da Disney.

Nós temos uma ligação que é em tempo real, a disponibilidade que é vista é a disponibilidade que existe naquele momento, o que permite uma versatilidade muito grande. Um dos nossos pontos débeis era a marcação dos voos, não tínhamos toda a componente de ligação aérea, agora já temos, com as mesmas tarifas que são públicas para a Disney e obviamente também com outras, ou seja, é um produto de uma qualidade extrema e com grande competitividade. É evidente no que diz respeito ao produto Disney, as condições são iguais para todos, mas onde se pode marcar a diferença nós estamos a esforçar-nos por marcar.

Em colaboração e coordenação com a Disney, o nosso objetivo não é estar a roubar quota de mercado a quem já a tem, mas sim que o nosso crescimento seja muito alavancado no crescimento do mercado, ou seja, que a entrada da LePlan, do grupo Ávoris, no mercado, agora em força com este maior investimento, permita à Disney captar uma maior quota de mercado em Portugal, isto é, que o cliente que vai para a Disney cresça substancialmente no nosso país.

Este é um trabalho conjunto, de todos os players que têm licenças de comercialização Disney, há colaboração nesta matéria, há concorrência, como é lógico, mas é das concorrências mais sãs que eu conheço e que funcionam melhor, porque realmente o objetivo é mesmo esse: não queremos andar aqui a roubar clientes a ninguém, queremos é que o nosso esforço conjunto provoque um crescimento de mercado, obviamente que nós, como começámos há menos tempo e estamos a partir de um patamar mais baixo, notaremos mais esse crescimento do que o outro player que existe no mercado.

Queria pôr aqui um grande foco na qualidade do produto da LePlan, na facilidade de acesso a esse produto e o meu desafio aos agentes de viagens vai no sentido de experimentarem: vão lá ver, experimentem e depois dir-me-ão o que é que acham e na realidade a opinião é sempre extraordinariamente positiva a este nível.

Além das melhorias no site e na versatilidade que ele hoje em dia tem, também têm em Portugal pessoas dedicadas só para este produto?

Sim, temos uma pessoa no escritório do Porto, que atende em português e resolve os problemas em português. De qualquer maneira, o sistema de atendimento está montado para que, havendo sobrecarga aqui, se atenda em Espanha. Os nossos colegas de lá percebem que é mercado português e se não falarem português, porque algumas não falam, tentarão ter mais cuidado na comunicação para se fazerem entender e serem entendidos.

“Recordo a grande ferramenta de orçamentação, o Catai Travel Price que é fantástico, toda a gente o reconhece, permite orçamentar, fazer as adaptações que quisermos em tempo real, e a nossa recomendação é que os agentes de viagens aproveitem essa ferramenta, muitas vezes antes de ligar para o booking”

Uma marca nobre no grupo é a Catai. Como é que estão a conquistar quota de mercado em Portugal?

A Catai é uma marca de referência do grupo em Espanha, onde dispensa apresentações. Em Portugal, a marca em si, penso que diz muito aos agentes de viagens, no entanto ainda há um distanciamento grande entre o agente de viagens e a marca, por isso temos que conseguir aproximar-nos mais do agente de viagens, ter uma capacidade de resposta maior e mais rápida, porque a qualidade do nosso produto Catai fala efetivamente por si – isto acho que é incontestável e é uma opinião positiva generalizada.

Estamos a melhorar e a esforçar-nos em dotar o booking, que está em Madrid, de toda a capacidade para responder mais rapidamente. Não é um produto de ‘atar e pôr ao fumeiro’, passe a expressão, se o pacote está feito, obviamente que não há grande história, mas o cliente que quer este produto, e nomeadamente o cliente português, gosta sempre de pedir qualquer alteração, qualquer adaptação que lhe dê o cunho pessoal que ele pretende e isto é um processo que nem sempre é rápido.

De qualquer forma, incrementámos a área de produto para conseguir responder melhor e mais rapidamente, incrementámos a parte da orçamentação e estamos a dotar o booking de profissionais ainda mais qualificados para conseguirmos responder mais rapidamente e de forma mais qualificada, porque é necessária uma resposta em linha capaz.

À parte disto diria que há um grande esforço comercial junto das agências. Decorreu recentemente um roadshow em diversas cidades do país, estivemos em Setúbal, em Leiria e fomos pelo país fora. Estas apresentações foram um êxito e a sensação que temos, pelos inquéritos que as pessoas nos devolvem preenchidos, é que há uma surpresa positiva por parte do agente de viagens quando consegue aproximar-se da Catai.

Recordo a grande ferramenta de orçamentação, o Catai Travel Price que é fantástico, toda a gente o reconhece, permite orçamentar, fazer as adaptações que quisermos em tempo real, e a nossa recomendação é que os agentes de viagens aproveitem essa ferramenta, muitas vezes antes de ligar para o booking.

Se tudo isto conseguir chegar aos agentes de viagens, estou certo que vai permitir à Catai dar o salto que pretende em termos de implantação no mercado português.

A Welcomebeds tem atingido em Portugal os números de reservas que esperavam?

A Welcomebeds, o nosso banco de camas, que este ano está com um crescimento na casa dos 100%, está a duplicar o volume de faturação, ainda está longe daquilo que nós pretendemos, mas, estamos a falar de outra ferramenta, em termos de site, que funciona, tem um inventário vastíssimo, com uma contratação própria gigantesca, com umas largas centenas de milhares de hotéis, e que para além disso tem todas as integrações, como é habitual nos bancos de camas, que permite uma diversidade de produtos enorme.

Em termos de preços, a perceção que temos por aquilo que os agentes de viagens nos transmitem, é que é muito competitiva, o site é fácil de utilizar, muito intuitivo e está na linha do site da Travelplan, da Nortravel, tem a mesma ferramenta base, portanto também é uma aposta forte do grupo Ávoris em Portugal.

“O que posso afirmar é que a Nortravel tem estado a fazer um esforço gigantesco, por um lado na diversificação do produto, este ano lançou muito mais produto, muito mais cedo, voltou a fazer uma aposta importante nos circuitos tradicionais, à boa maneira da Nortravel, e por outro lado, fez uma aposta nova em importar um produto com uma filosofia completamente diferente, que é o produto Special Tours”

E a Nortravel, a marca mais portuguesa do grupo, como é que vai?

A Nortravel é, de facto, uma marca que tem muito peso, se bem que tanto eu como o Nuno Aleixo, o Augusto Cardoso e muitas vezes o Emídio Santos, já tenhamos feito eco disso. O que posso afirmar é que a Nortravel tem estado a fazer um esforço gigantesco, por um lado na diversificação do produto, este ano lançou muito mais produto, muito mais cedo, voltou a fazer uma aposta importante nos circuitos tradicionais, à boa maneira da Nortravel, e por outro lado, fez uma aposta nova em importar um produto com uma filosofia completamente diferente, que é o produto Special Tours, que está perfeitamente identificado, que sendo um produto com uma outra filosofia permite um preço médio inferior em relação as circuitos da Nortravel. É um produto de qualidade mas que tem uma abordagem completamente diferente dos circuitos tradicionais propostos pela Nortravel.

Não há problema nenhum em fazer conviver esses dois produtos, porque o grande esforço tem sido identificá-los através das suas características, e daí a diferença de preço que existe.

Nos circuitos tradicionais da Nortravel precisamos de muito apoio do mercado, dos agentes de viagens, porque sendo um produto de qualidade é um produto caro, porque a hotelaria está ao preço que está, as refeições estão ao preço que estão e a Nortravel não arrisca, nem na restauração, nem nos hotéis nem nos guias –  não baixa do padrão alto que atingiu e para termos esta garantia de qualidade é impossível ter preços baratos. Trata-se de um produto caro, mas é um produto que continua a ter a sua procura e que queremos continuar porque faz parte do ADN da Nortravel.

Falta-nos abordar a Marsol, que integrou o produto Le Ski. Que outros produtos têm em Portugal?

A Marsol, que continua a existir e é uma marca que está numa fase de afirmação e de reorganização, neste momento continua a funcionar como um banco de camas- Em Portugal, para além disto, só tem produto de neve, este ano todo o nosso produto de neve, que antes era Le Ski, está agora integrado na marca Marsol.

Não é um produto que vendamos muito em Portugal, mas este ano já notámos um crescimento importante, no próximo ano já iremos fazer uma aposta forte na divulgação do produto de neve e na colocação desse produto em toda a sua amplitude na versão portuguesa do site. Para além disto, há uma série de outro tipo de produtos, como parques temáticos, em que a Marsol está a apostar e que oportunamente estarão disponíveis.

Na “guerra dos charters”, a Marsol está também envolvida, à semelhança do ano passado tem uma operação à partida do Porto para Benidorm, uma operação pequena mas que tem um cliente típico, que é um cliente que gosta de Benidorm e que vai para lá há muitos anos. Esta operação charter, que vai desenrolar-se em julho e agosto, já está à venda e é uma operação a ter em conta, sobretudo para o mercado do Norte, dado que são voos à partida do Porto.

Em suma, eu diria que neste universo da Ávoris, a essência de todo o produto está aqui, portanto é um produto validíssimo, que dá para tudo.

Leia aqui a 1ª parte da entrevista a Constantino Pinto.

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