Aumento do roubo de gado na faixa de fronteira alerta pecuaristas de MS

Criminosos têm atravessado o rio Paraguai a partir das regiões paraguaias de Vallemí e San Lázaro, armados com fuzis e invadem fazendas em Porto Murtinho, do lado brasileiro

Fazendeiros do Mato Grosso do Sul, localizados na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, estão em estado de alerta diante do aumento expressivo aumento de casos de roubo e abate clandestino de gado. Eles denunciam que os abates ocorrem dentro das propriedades.

A prática que antes era comum no território paraguaio, agora se alastra para o lado brasileiro da fronteira. As propriedades estão sendo atacadas por grupos fortemente armados. Há denuncias de que esses tipos de crime tem o envolvimento de grupos organizados.

Nos últimos dias, os criminosos têm atravessado o rio Paraguai a partir das regiões paraguaias de Vallemí e San Lázaro, inclusive com fuzis.

Eles usam embarcações, invadem propriedades rurais localizadas em Porto Murtinho, no MS, executam o gado a tiros e realizam o abate no local. A carne é transportada de forma clandestina por via fluvial.

“Os ataques são assustadores e estão espalhando medo entres os proprietários da região da faixa de fronteira. Temos que impedir esse tipo crime urgente”, reclama um pecuarista do lado brasileiro.

“Estamos vivendo como no velho oeste”

“Estamos vivendo como no velho oeste. Nossos animais são abatidos e levados, e se ousarmos denunciar, podemos pagar com a vida”, afirmou outro fazendeiro local, que prefere não se identificar diante de ameaças já sofridas.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram brutalidades, com animais abatidos, incluindo vacas prenhes, com fetos espalhados no solo das propriedades invadidas.

Os ataques tem assustado também os trabalhadores rurais que estão pedindo demissão dos postos que envolvem a lida com gado. Eles temem confrontos com os assaltantes.

Relações diplomáticas

Há ainda relatos de desaparecimentos de pessoas envolvidas com o setor agropecuário, o que eleva a gravidade do problema, de acordo com informações da Polícia Nacional.

Os produtores, tanto brasileiros quanto paraguaios, exigem ações concretas e urgentes das autoridades. Eles querem que fiscalização fluvial por parte da Prefeitura Naval do Paraguai, bem como a atuação mais efetiva da Polícia Nacional e do Ministério Público nas regiões de Concepción e Alto Paraguai sejam intensificadas.

Uma das medidas, segundo pecuaristas dos dois países, é a abertura de um processo de investigação conjunta com a Unidade Especializada no Combate a Crimes Transnacionais. O caso já ameaça impactar negativamente as relações diplomáticas entre Brasil e Paraguai.

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