A comunidade científica respira aliviada após a Nasa descartar o risco iminente de colisão do asteroide 2024 YR4 com a Terra em 2032. Inicialmente considerado o asteroide de maior risco já detectado, o objeto espacial chegou a apresentar mais de 3% de chance de impacto, gerando preocupação entre astrônomos e agências espaciais.
O 2024 YR4, com dimensões estimadas entre 40 e 90 metros – comparáveis à altura da Estátua da Liberdade – foi descoberto em dezembro passado por um telescópio no Chile. Sua trajetória inicial indicava uma possível rota de colisão sobre áreas densamente povoadas da América do Sul, sul da Ásia e África, incluindo cidades como Bogotá, Mumbai e Daca.
A Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA) haviam calculado chances de impacto de 3,1% e 2,8%, respectivamente – porcentagens consideradas altas para esse tipo de previsão. No entanto, após refinamento das análises orbitais, a Nasa atualizou sua avaliação, reduzindo drasticamente o risco para 0,001%.
Apesar do alívio momentâneo, os cientistas mantêm a vigilância. Martin Connors, professor de Astronomia da Universidade de Athabasca, no Canadá, alerta que o risco de impacto com a Lua ainda não foi totalmente descartado. Além disso, o asteroide fará uma nova aproximação da Terra em 2052, quando poderá ter sua trajetória alterada pela gravidade do nosso planeta.
“Essa incerteza nos obriga a continuar os estudos e simulações de longo prazo”, afirmam os especialistas. A comunidade científica permanece atenta, reforçando a importância do monitoramento constante de objetos próximos à Terra para a segurança global.
O caso do 2024 YR4 destaca o papel crucial da colaboração internacional na observação e análise de potenciais ameaças espaciais, bem como a evolução contínua das tecnologias de detecção e cálculo orbital.

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