Apple trabalha em tecnologia que permite controlar dispositivos com o cérebro
A Apple está trabalhando em conjunto com a Synchron, uma empresa especializada em interface cérebro-máquina, para desenvolver uma tecnologia que permita aos usuários controlar dispositivos usando sinais cerebrais.
Ainda em estágio inicial, a tecnologia tem o potencial de ampliar de forma significativa a acessibilidade para pessoas que não conseguem utilizar dispositivos com as mãos, segundo comunicado divulgado pela Synchron. A parceria foi revelada originalmente pelo “The Wall Street Journal”.
“Este é um marco importante na forma como humanos interagem com a tecnologia”, afirma Tom Oxley, CEO da Synchron. “A Apple está ajudando a criar um novo tipo de paradigma em termos de interface, no qual os sinais do cérebro passam a ser reconhecidos formalmente, assim como o toque, a voz e a digitação.”
Até hoje, a interação com dispositivos sempre aconteceu por meio de teclados, mouses, toques na tela ou comandos de voz. Mas essas opções ainda são limitadas para usuários com certos tipos de deficiência.
A proposta agora é transformar sinais cerebrais específicos em comandos, como, por exemplo, selecionar um ícone na tela. O dispositivo implantável da Synchron, chamado Stentrode, utiliza eletrodos para captar a atividade cerebral. Ele se integra ao recurso “Controle Assistivo” da Apple, que permite controlar dispositivos por métodos de entrada alternativos.
“Quando perguntamos aos participantes dos testes clínicos o que mais gostariam de fazer, a resposta quase sempre envolve comunicação e criatividade”, diz Kurt Haggstrom, diretor comercial da Synchron. “E, para muita gente, isso significa usar seus dispositivos Apple.”
Essa tecnologia de interface cérebro-máquina ainda deve levar alguns anos para ser aprovada pela FDA, o órgão regulador dos Estados Unidos, antes de chegar ao mercado. De acordo com a Synchron, os primeiros testes com pacientes devem começar ainda este ano.
SOBRE A AUTORA
Jessica Bursztynsky é redatora da Fast Company e cobre economia gig e outras empresas de internet de consumo. saiba mais
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