Angola vai submeter Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas até setembro, anuncia Presidente João Lourenço – RNA

O Presidente da República , João Lourenço, anunciou esta terça-feira que o país irá submeter até Setembro próximo o seu Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas à Convenção-Quadro das Nações Unidas. A medida insere-se nos esforços do país para mitigar os impactos das mudanças climáticas e aumentar a resiliência em sectores-chave como agricultura e segurança alimentar, recursos hídricos, infra-estruturas, protecção dos oceanos e saúde pública.

O anúncio foi feito durante a Reunião de Líderes sobre o Clima e a Transição Justa, realizada em formato virtual, numa iniciativa conjunta do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento reuniu chefes de Estado e de Governo de várias partes do mundo, incluindo o Presidente da China, Xi Jinping, o Presidente francês Emmanuel Macron e a Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan.

João Lourenço reafirmou o compromisso de Angola com o Acordo de Paris e defendeu a necessidade de uma acção climática mais ambiciosa e justa. O Chefe de Estado  destacou ainda que Angola pretende apresentar até Setembro a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC 3.0), com metas realistas para a redução da intensidade carbónica.

Durante a sua intervenção,  João Lourenço  salientou que Angola tem sido duramente afectada pelos fenómenos resultantes das alterações climáticas, e que, por isso, o país definiu como prioridade o fortalecimento dos mecanismos nacionais de monitorização e produção de dados ambientais, através da implementação do Sistema Nacional de Monitorização, Reporte e Verificação e da criação do Observatório Climático e Ambiental.

O Chefe de Estado  destacou também a importância do financiamento climático para países em desenvolvimento, considerando que o novo objectivo global de financiamento – na ordem de 1,3 biliões de dólares por ano até 2035 – será “um verdadeiro teste à credibilidade do sistema internacional”. Sublinhou ainda que a transição energética só será justa se esse compromisso for cumprido e acessível a todos.

Ao antecipar a COP30, que marcará os 30 anos da Convenção-Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas e os 10 anos do Acordo de Paris, O Presidente da República  defendeu um reforço do multilateralismo, do acesso ao financiamento, da transferência de tecnologia e da cooperação estratégica para assegurar uma verdadeira justiça climática.

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