Angola e Moçambique entre países que se comprometem a eliminar a cólera até 2030 – UA – RNA


Vinte países africanos, entre os quais Angola e Moçambique, comprometeram-se a eliminar a cólera até 2030, durante uma reunião virtual convocada pela União Africana (UA), na sequência de um apelo dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África).

O encontro, realizado na hoje , foi liderado pelo Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, que detém a pasta da luta contra a cólera na UA, e contou com a participação de dez chefes de Estado e vice-Presidentes, entre os quais João Lourenço, Presidente de Angola e atual presidente em exercício da organização.

Representantes de alto nível de Angola, Moçambique, Zâmbia, RDCongo, Namíbia, Gana, Malaui, Sudão do Sul, Tanzânia e Zimbabué, bem como ministros da Saúde, Finanças, Água e Saneamento, uniram-se a parceiros internacionais como a OMS, Unicef, Gavi e o Fundo Global para definir uma estratégia comum de combate à doença.

De acordo com a UA, África registou, até maio de 2025, cerca de 130 mil casos de cólera e 2.700 mortes, representando 60% dos casos globais e mais de 93% das mortes provocadas pela doença. Angola, RDCongo, Sudão e Sudão do Sul estão entre os países mais afetados.

Na abertura da reunião, o presidente da Comissão da UA, Mahmoud Ali Youssouf, apelou a uma liderança firme e a mudanças sistémicas para eliminar a cólera, defendendo maior investimento interno, ações coordenadas e produção local de vacinas.

João Lourenço reforçou a importância de investir em água potável, saneamento básico e sistemas de saúde, sublinhando que este é o momento para transformar desafios históricos em oportunidades de desenvolvimento.

O diretor-geral do CDC África, Jean Kaseya, alertou que o continente precisa de 54 milhões de doses da vacina oral contra a cólera por ano, mas atualmente recebe pouco mais de metade, apelando ao aumento da produção local.

Durante o encontro, os líderes comprometeram-se a operacionalizar a Equipa Continental de Gestão de Incidentes (IMST), reforçar a vigilância transfronteiriça e criar Grupos Presidenciais de Trabalho sobre a Cólera a nível nacional, promovendo a coordenação intersectorial, mobilização de recursos e mecanismos de responsabilização.

A UA classificou a reunião como um ponto de viragem na resposta africana à cólera, baseada em liderança política, colaboração multissetorial e solidariedade continenta

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