O presidente executivo do consórcio Lobito Atlantic Railway (LAR), Francisco Franca, afirmou que a rapidez no escoamento ferroviário de minerais é a principal vantagem competitiva do Corredor do Lobito, prevendo atingir 1,5 milhões de toneladas transportadas em 2027.
Durante uma viagem entre Huambo e Benguela com uma comitiva diplomática, o responsável sublinhou que este corredor oferece uma alternativa mais eficiente aos portos do Índico, atualmente congestionados.
Em 2024, o primeiro ano completo de operação, foram transportadas 125 mil toneladas, com previsão de atingir as 400 mil ainda este ano.
O corredor, que liga o Porto do Lobito à fronteira com a República Democrática do Congo, percorre 1.300 quilómetros e tem vindo a ganhar importância geoestratégica, atraindo investimentos dos EUA e da Europa.
Entre os financiadores estão a Development Finance Corporation (DFC), com 550 milhões de dólares, e o banco sul-africano DBSA, com 200 milhões.
Franca garantiu que os contratos de financiamento estão na fase final e deverão ser assinados nos próximos meses. Até ao momento, os acionistas — entre os quais a portuguesa Mota-Engil — já investiram 300 milhões de dólares no projeto.
Entre os principais desafios apontados estão as restrições de velocidade na linha e limitações no material circulante, estando em curso intervenções de manutenção para melhorar as operações.
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