Algumas províncias estão proibindo celulares nas aulas. Aqui é onde e quando
As aulas estão quase acabando para muitos alunos no Canadá, mas embora faltem meses para o primeiro dia do ano novo, a sala de aula pode parecer diferente quando chegar a hora, à medida que mais províncias anunciam restrições ao uso de celulares nas escolas que devem começar neste outono.
Em junho, havia pelo menos cinco províncias com restrições que entrariam em vigor neste outono, com a medida do próprio Quebec entrando em vigor em janeiro passado.
BC, Alberta, Ontário, Nova Escócia e New Brunswick anunciaram que planejam impedir que os alunos usem seus celulares durante as aulas.
Jennifer Flanagan, diretora executiva da Actua, uma organização de caridade que trabalha para desenvolver habilidades em jovens em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), disse ao Global News que as medidas provavelmente trarão benefícios.
“O tempo dedicado ao aprendizado dos alunos durante a aula é realmente importante (e) há evidências contundentes de que a distração já é significativa”, disse ela. “Basta fazer uma pausa nisso (no uso do celular) enquanto o aprendizado acontece na aula, então geralmente achamos que isso é uma coisa boa.”
Dependendo de onde você mora, porém, as regras sobre o uso do celular variam.
No Quebec, as restrições estão especificamente ligadas à sala de aula, sendo que aqueles que frequentam escolas públicas de ensino fundamental e médio ainda podem usar seus telefones entre as aulas, mas, caso contrário, devem mantê-los afastados, a menos que sejam usados para fins educacionais.
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Ontário, que anunciou seus planos em abril, diz que os alunos terão que colocar seus telefones no modo silencioso e fora da vista durante o horário escolar, uma política semelhante à Nova Escócia e Nova Brunswick, embora estas últimas províncias exijam que os telefones sejam guardados.
Para os alunos mais novos em Ontário e Nova Escócia, os seus telefones terão de permanecer guardados até ao final do dia, enquanto os alunos do ensino secundário poderão utilizá-los ao almoço ou entre as aulas.
BC também diz que está restringindo o uso de celulares nas salas de aula “sino a sino”.
Alberta anunciou sua política para todas as séries, do jardim de infância ao 12º ano, apenas esta semana, com os dispositivos tendo que ficar fora da vista, com exceção do uso para aprendizagem especializada ou necessidades de saúde, como monitoramento de açúcar no sangue.
A Global News contactou outras províncias e territórios que ainda não implementaram tais políticas, mas até à data da publicação só tinha recebido detalhes de Saskatchewan e Newfoundland and Labrador.
Um porta-voz do Ministério da Educação de Saskatchewan disse que eles estavam cientes e analisando as políticas implementadas por Alberta e Ontário.
Autoridades de Newfoundland e Labrador disseram que dispositivos pessoais não são permitidos nas salas de aula do jardim de infância até a 6ª série e acrescentaram que o uso de tais dispositivos deve ser apenas para fins educacionais.
Sachin Maharaj, professor assistente de liderança educacional na Universidade de Ottawa, disse ao Global News que os vários tipos de restrições se resumem à implementação, mas também à necessidade de adesão dos pais.
“Acho que ter uma abordagem escalonada é algo mais viável, porque leva em conta o fato de que são os pais que compram esses dispositivos, são eles que mandam as crianças para a escola com eles”, disse ele.
“Portanto, eles gostam de estar em contato com os filhos e, especialmente com as crianças mais velhas, podem ter alguns motivos legítimos para precisarem dessa comunicação.“
Ele acrescentou que as províncias provavelmente estão a tomar medidas devido ao crescente reconhecimento do impacto que os dispositivos e as redes sociais estão a ter no desenvolvimento académico. Ele apontou para os recentes estudos do Programa de Avaliação de Alunos Internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que mostraram não apenas números decrescentes em matemática, leitura e ciências em jovens de 15 anos no Canadá, mas também descobriu-se que os dispositivos tecnológicos são um grande contribuinte. para esse declínio.
Com a implementação, algumas províncias afirmaram que caberá aos conselhos escolares e distritos determinar como tais políticas serão implementadas e como os alunos serão repreendidos.
Maharaj diz que fazer com que os distritos e conselhos façam a implementação é a escolha inteligente.
“É aí que é mais provável que se consiga realizar consultas comunitárias autênticas, reunir pais, professores e alunos para criar uma política que tenha algum nível de adesão”, disse ele.
Embora ainda não se saiba se outras províncias e territórios tomarão iniciativas semelhantes antes do retorno do ano letivo neste outono, Flanagan disse que ter essas restrições em vigor é iniciar uma conversa.
“Todos nós conversamos sobre como manter as crianças seguras online, como educá-las para serem boas pessoas online e quais são os hábitos saudáveis, e isso é importante para todos nós”, disse ela.
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