Segundo o presidente da entidade, os produtores de soja dos EUA ainda não recuperaram totalmente os volumes de vendas depois da guerra comercial de 2018. “Agora, essa nova situação agravará ainda mais as dificuldades econômicas de nossos produtores”, disse.
Os dados dos produtores indicam que no ano comercial de 2023/2024, os exportadores dos EUA enviaram 46,1 milhões de toneladas de soja para mercados estrangeiros, representando quase US$ 24 bilhões em vendas. Durante a guerra comercial com a China em 2018, a agricultura dos EUA sofreu perdas de mais de US$ 27 bilhões, sendo que a soja foi responsável por 71% dessas perdas.
“Os produtores de soja continuam lutando contra os impactos de longo prazo sobre a reputação, pois os mercados que eles trabalharam durante anos para construir – mais de 40 anos para a China – são baseados na capacidade de fornecer uma safra confiável e de qualidade”, insistiu.
Ao contrário de 2018, os agricultores estão em uma situação financeira mais frágil em 2025. “Os preços das commodities caíram quase 50% em relação a três anos atrás”, disse.
“Além disso, eles estão operando suas fazendas em uma época em que os custos da terra e dos insumos, como sementes, pesticidas e fertilizantes, são altos, o que significa margens muito menores e menos economias para serem utilizadas quando as tarifas fizerem com que as circunstâncias piorem”, alertou.
A constatação das perdas ocorre depois de Trump ter vencido de maneira avassaladora o voto no setor rural americano, marcado pelo conservadorismo. Nos 444 condados dos EUA que dependem mais de 25% da economia no campo, o republicano somou em média 77% dos votos. Ele só não venceu em onze das 444 regiões. Em 100 desses condados, Trump teve mais de 80% dos votos.
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