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A ameaça, feita por meio de um post na rede Truth Social e depois confirmada em uma ordem executiva, afirma que os países poderiam enfrentar tarifas de 25% sobre o comércio com os EUA se comprassem petróleo e gás da Venezuela, que já está sob pesadas sanções.
A medida foi tomada para pressionar a Venezuela pelas “dezenas de milhares de criminosos de alto escalão e outros” que, segundo Trump, teriam sido enviados para os EUA.
A nova abordagem se soma a uma lista crescente de instrumentos que Trump prometeu implementar como parte de um esforço para usar a influência econômica dos EUA como alavanca para atingir seus objetivos de políticas externa e interna.
— Este é um novo conceito em guerra econômica — disse Francisco Monaldi, diretor de política energética latino-americana no Instituto Baker de Políticas Públicas da Rice University, em Houston — Mas, como isso será aplicado não está claro — concluiu.
Com a ameaça, Trump parece estar inventando uma combinação entre tarifas e o que são conhecidas como sanções secundárias, as punições financeiras que podem ser impostas a outros países ou pessoas por fazer negócios com nações ou empresas sancionadas.
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Os alvos de suas “tarifas secundárias” podem variar amplamente, dado que o petróleo venezuelano vai para os EUA, Espanha, Índia e para o mercado clandestino.
Os três primeiros países são cobertos por licenças especiais obtidas por Chevron, Repsol e Reliance Industries para operar na Venezuela. O mercado clandestino é dominado por clientes da China.
A China é o principal alvo dessa medida porque é “essencialmente o mercado principal da venda de petróleo venezuelano”, afirmou Monaldi.
— Eles não teriam que fazer tarifas secundárias se não fosse pela China.
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A ordem executiva de Trump concede ao Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a autoridade para decidir, a partir de 2 de abril, se as tarifas de 25% serão impostas a um país que importa petróleo venezuelano, seja de forma direta ou indiretamente.
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