Uma grande parte da população portuguesa está farta do que se tem passado com os nossos políticos. Os escândalos com comportamentos pouco éticos ou mesmo criminais por parte de altos membros do PSD, PS, Chega e BE tem enchido os jornais, e provocou mesmo nos últimos tempos a queda de dois governos e duas eleições antecipadas. O que podemos fazer para mudar a situação?
Para responder a essa questão é necessário perceber a Natureza Humana. Um dos livros que mais me marcou foi sobre a Guerra do Peloponeso. A Guerra do Peloponeso aconteceu há 2500 anos e tem a particularidade de ter sido a primeira guerra extensivamente narrada por um historiador contemporâneo dos acontecimentos, Tucídides, que se esforçou por fazer um relato imparcial do conflito que colocou a democracia ateniense contra oligarquia militar de Esparta, abalou o mundo grego, e devastou a Grécia e partes da Sicília. O que me marcou quando li o livro foi perceber que em 2500 anos a natureza humana não mudou absolutamente nada! Os políticos, os discursos, os generais, os massacres de populações civis, tudo me pareceu tão moderno que poderia constar do telejornal do dia de hoje… os discursos e as atitudes do demagogo Ateniense Cleon são equivalentes às de muitos políticos portugueses de hoje em dia…
Os seres humanos agem de acordo com as mesmas motivações desde há milhares de anos. E em todas as comunidades existem pessoas com tendências mais ou menos violentas, mais ou menos honestas, mais ou menos ambiciosas. Sempre houve e sempre haverá. Mas então porque é que temos sociedades tão diferentes? Umas mais ricas e prósperas, outras mais pobres, umas mais seguras, outras inseguras? A resposta está na interação entre a natureza humana, a cultura, a história, e as instituições. As instituições (ou seja, as normas e as estruturas que regulam e governam os vários aspetos da vida comum) que uma sociedade cria são o que define que comportamentos individuais são recompensados ou punidos. Esses comportamentos aceites institucionalmente vão depois lentamente moldando a cultura.
Voltando agora a Portugal e à corrente situação. Não podemos mudar a natureza humana, nem o nosso passado, e a cultura evolui lentamente. Portanto, se queremos um Portugal diferente, um Portugal mais rico, um Portugal melhor, temos mesmo que mudar a forma como funcionam as nossas instituições. De uma forma ou outra, as que agora temos são responsabilidade de 50 anos de governos dominados pelo PS e PSD. São estes partidos que definiram as instituições que atualmente existem, e que foram criadas em grande medida para favorecer as suas clientelas. São partidos a apodrecer, minados por indivíduos e interesses particulares, que visam desviar boa parte do dinheiro que os portugueses pagam nos seus impostos para fins pessoais, assim como aproveitar-se do poder de arbitragem do Estado. Independentemente de existirem com certeza também pessoas bem-intencionadas nas suas fileiras, uma verdadeira mudança nunca poderá vir de nenhum desses dois partidos.
O Chega conhece bem a natureza humana, e utiliza-a para despertar medo e a raiva nos eleitores, inventando e exagerando problemas, num vale-tudo para ganhar votos. Isto para quê? Movimentos que lhe são próximos (por exemplo o regime de Viktor Orban na Hungria), mostraram que, ao contrário de melhorar as instituições, estes regimes distorceram-nas e são dos regimes mais corruptos que atualmente existem em países ocidentais… é isto que se quer para Portugal? Para além disso, o Chega, infelizmente, já nasceu podre. O tipo de personalidades que atraiu (segundas e terceiras linhas de outros partidos demonstrando mais ambição do que ideias, e uma série de malfeitores) são exatamente as que não devem governar um país.
A extrema-esquerda vende ilusões, algumas em que acredita noutras é patente a hipocrisia – escolas públicas são boas, mas para os filhos dos outros, despedimentos não podem ser feitos pelos patrões, mas podem ser for pelos líderes do BE, alojamento local é uma ameaça, mas colocamos lá as nossas casas, etc. As soluções que propõem nunca tornaram nenhum país próspero, pelo contrário, sempre que foram tentadas só criaram miséria. E isto porque estão baseadas na falácia de que é possível mudar a natureza humana.
Se PSD, PS, Chega, e extrema-esquerda não servem aos interesses de Portugal, resta alguém? Em quem é que os Portugueses podem votar para mudar para melhor?
De facto, existe um partido. Chama-se Iniciativa Liberal. Pode não ser um partido perfeito, mas é constituído na sua maioria por pessoas que vêm de fora da política, cidadãos que não precisam da política nem dos partidos para viver, mas que decidiram sacrificar parte das suas vidas pessoais e profissionais para ajudar a mudar Portugal. É um partido diferente, com outra forma de estar na política, que apresenta soluções já validadas em outros países e que conduzem à prosperidade. Um partido que não vende ilusões, mas antes parte de uma análise fundamentada da realidade económica e social e da natureza humana, para propor as melhores escolhas e instituições para o nosso país.
Estou convencido que os Portugueses já começam a perceber, e nas próximas eleições irão dar um claro sinal disso mesmo.
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