A história dos Calema: quem são os dois irmãos de São Tomé e Príncipe que vão levar 55 mil pessoas ao Estádio da Luz no próximo sábado
Este sábado, dia 7 de junho, quando os Calema colocarem os pés no palco montado num Estádio da Luz lotado, fá-lo-ão com a certeza de que trocaram as voltas ao destino. Oriundos de São João dos Angolares, no sul de São Tomé e Príncipe, e criados no seio de uma família humilde, os irmãos Fradique e António Mendes Ferreira conquistaram, a pulso, aquilo que nenhum artista do mundo lusófono tinha conseguido até este momento: encher o maior estádio do país com fãs ávidos de escutar, ao vivo e a cores, as canções apaixonadas que escrevem em conjunto. “O que nos leva ao Estádio da Luz é esta viagem que fizemos até hoje. O que queremos mostrar ali é o quão poderosa é a música cantada em português”, assume Fradique, o mais velho dos dois irmãos, quando o Expresso os questiona sobre aquilo que significa este espetáculo. “A lusofonia é linda”, continua. “Temos uma língua que nos conecta a todos e festejar isso tudo num lugar como o Estádio da Luz é épico, porque só os artistas internacionais é que passam por lá. A nossa teimosia fez-nos querer mostrar que é possível, que aquele é o lugar ideal para todas as pessoas que acreditam na música cantada em português. Isto é uma vitória de todos.” Mais de um milhão e 600 mil ouvintes mensais na plataforma de streaming Spotify, mais de 400 mil subscritores do canal de YouTube e perto de 1 milhão de seguidores na rede social Instagram: os números que espelham o sucesso da dupla são impressionantes. E não se esgotam, claro, dentro de fronteiras. Foi precisamente para presenciar esse impacto e apelo internacional que viajámos até Paris, onde assistimos a um outro triunfo: 14 mil pessoas esgotaram a Accor Arena, uma das maiores da capital francesa, só para os ver.
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