A terapeuta da fala, Catarina Mendes abordou o impacto da
exposição aos ecrãs no desenvolvimento dos mais novos, explicando que cada vez
mais surgem crianças a fazer uso do português do Brasil devido aos vídeos no
YouTube, fenómeno que tem ganho cada vez mais força após a pandemia.
A profissional em terapia da fala, não deixou de notar que existe mais oferta de conteúdo digital oriundo do Brasil, “não só para as crianças,
como também para temas direcionados para os adultos”, mas acredita que “o mal
deve ser cortado pela raiz”, limitando o tempo de exposição aos telemóveis,
tablets e televisão.
Segundo a especialista, as crianças “já começam a construir frases e, fazem uso
de vocabulário que não é suposto. A sintaxe, que é a construção dos elementos
da frase, já está a ser prejudicada, assim como os sons da fala.”
Tenho algumas crianças com quem trabalho que em vez de dizerem, por exemplo, dá-me o carro, utilizam o me dá o carro ou o
te amo em vez do amo-te. Em termos de vocabulário fazem algumas trocas, como em
vez de castanho dizerem marrom, a relva passou a ser a grama, o gelado passou a
ser o sorvete ou o picolé. Muitas utilizam este vocabulário no dia a dia e,
muitas vezes, até os adultos têm de fazer um esforço para as compreender.Catarina Mendes, terapeuta da fala
Catarina Mendes explicou ainda quais são os tempos
máximos de exposição aos ecrãs recomendados para cada idade e como devem actuar
os pais perante crianças que utilizem recorrentemente o português do Brasil
para se expressarem.
Saiba quais são os cuidados a ter, que consequências pode originar e que dica
fundamental deixou a terapeuta da fala.
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