A onda de assassinatos e crimes que assola o Peru gerou fortes reações da presidente Dina Boluarte, que declarou num evento oficial que “está a considerar restabelecer a pena de morte para extorsionistas”.
A última vez que a pena capital foi aplicada no país sul-americano foi em 20 de janeiro de 1979, quando o segundo-tenente Julio Vargas foi baleado, após ser acusado de espionagem ao serviço do Chile, por monitorizar bases aéreas peruanas douradas com caças-bombardeiros russos MIG 6.
“Advirto estes assassinos que estou a considerar seriamente a pena de morte. Não permitirei que os extorsionários continuem a derramar sangue ou a destruir os esforços das famílias e dos empresários”, afirmou com firmeza a chefe de Estado no início do ano letivo naquele país.
Criticada pelos seus adversários por pagar caras cirurgias estéticas, com empregos no estado para familiares dos seus médicos, Boluarte poderá ativar a segunda causa da pena de morte no seu país: atividades terroristas.
Desde os tempos sombrios do grupo maoísta Sendero Luminoso, esta possibilidade não aparecia na agenda pública peruana, cujo quadro institucional aderiu à Convenção Interamericana dos Direitos Humanos.
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