O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exonerou esta terça-feira de funções a ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, alvo de investigações judiciais por alegada prática de corrupção.
A exoneração de Fatumata Djau Baldé foi tornada pública através de um decreto presidencial que não indica, contudo, as razões.
“É a senhora Fatumata Djau Baldé exonerada do cargo de ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural para que havia sido nomeada pelo decreto Presidencial (…) de 20 de dezembro de 2023”, refere-se no documento a que a Lusa teve acesso.
A governante tem estado no centro de uma polémica com o presidente do Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG), Botche Candé, que é igualmente ministro do Interior e que a acusa de alegado desvio de “muito dinheiro” no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Djau Baldé é uma conhecida ativista pelos direitos das mulheres na Guiné-Bissau, nomeadamente na luta contra o casamento precoce e excisão, mas que, entretanto, entrou para a política.
Na semana passada, Botche Candé exonerou Baldé do cargo de quarta vice-presidente do PTG e foi demitida esta terça-feira pelo chefe de Estado do cargo de ministra.
Candé acusa Baldé de ter desviado dinheiro proveniente de venda de fertilizantes que o Senegal ofereceu à Guiné-Bissau para apoiar os agricultores.
Fonte da defesa de Baldé disse à Lusa que foi ouvida esta terça-feira no seu gabinete, antes de ser exonerada, por magistrados do Ministério Público, no âmbito do processo de investigação em curso.
No final do mês de fevereiro, e numa altura em que Fatumata Djau Baldé se encontrava em missão de serviço no estrangeiro, o Ministério Público chegou a emitir um mandado de detenção preventiva da ministra agora exonerada do Governo.
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