“Rearmar a Europa”: Portugal admite recorrer a empréstimos desde que não ponha em causa as contas públicas
Mundo
CORRESPONDENTE SIC
Depois dos líderes é a vez dos ministros das Finanças olharem para o plano de 800 mil milhões de euros para rearmar a Europa. A Alemanha não quer para já falar de um novo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a defesa.
Ursula von der Leyen quer os Governos a gastarem mais 1,5% do PIB em defesa. Em troca garante que não haverá castigo para os défices excessivos. Um alívio da disciplina orçamental que Luís Montenegro saudou quando esteve em Bruxelas, apesar de dizer que Portugal não precisa desse alívio.
“Ainda temos muita margem para podermos assumir despesa pública não incumprindo o pacto”, garantiu.
Portugal podia, mas não quer regressar ao défice.
“Mas a nossa política não é essa. A nossa política é continuarmos a trajetória de diminuição da dívida pública em percentagem do PIB, é o controlo das finanças públicas”, acrescentou o primeiro-ministro.
Esta segunda feira, foi a vez de o ministros das Finanças olharem para o plano de 800 mil milhões de euros para rearmar a Europa. A Alemanha e Polónia estão na linha da frente de um maior alívio orçamental.
Berlim mostra-se pronta a abrir os cordões à bolsa para um investimento maciço em capacidades militares ao longo da próxima década. O que não quer para já é falar de um novo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a defesa.
À falta de dinheiro novo a fundo perdido, surgem 150 mil milhões de euros a crédito. Empréstimos de que Portugal também não precisaria, diz Luís Montenegro, mas que até pode aproveita.
“Evidentemente que Portugal deve aproveitar a oportunidade de poder ter empréstimos”, refere.
Falta agora saber quanto é que o país vai gastar a mais na defesa numa altura em que são ainda muitas as dúvidas sobre como vai funcionar na prática, o financiamento para rearmar a Europa.
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