O jovem atacante Luighi, da base do Palmeiras, manifestou-se nesta sexta-feira (7) sobre o episódio de racismo que sofreu durante uma partida no Paraguai. O incidente ocorreu na quinta-feira (6), na vitória do time alviverde sobre o Cerro Porteño-PAR, pela segunda fase da Copa Libertadores Sub-20, no Estádio Gunther Vogel, em Assunção.
Em um desabafo emocionado, Luighi expressou sua indignação com a situação: ‘Não sei o que falar. No momento, me subiu um ódio na cabeça. Até porque tinham vários policiais do lado, e isso que me deixou mais bravo, por eles não terem feito nada’.
O jogador refletiu sobre a persistência do racismo no futebol e na sociedade: ‘Fica o aprendizado. Na hora ficamos bravos, perdemos a cabeça, mas tem pessoas desse tipo no mundo. Até quando vamos viver isso?’
Apelo contra o racismo
Luighi aproveitou a oportunidade para fazer um apelo contundente contra o racismo: ‘Um recado que eu mandaria é para as pessoas que fazem esse tipo de racismo. Que parem. Você não está no corpo da pessoa que sofreu racismo. Às vezes, você fala, mas não sente que a pessoa transmite’.
O atleta encerrou sua declaração com um questionamento sobre o futuro do esporte: ‘É uma dor que eu peço para que nenhuma pessoa sofra. Até quando vão existir pessoas assim? Até quando o futebol vai admitir isso?’
O caso de Luighi reacende o debate sobre a necessidade de medidas mais efetivas contra o racismo no futebol, especialmente em competições internacionais. A falta de ação imediata das autoridades presentes no estádio também levanta questões sobre a preparação e o comprometimento dos responsáveis pela segurança em eventos esportivos para lidar com situações de discriminação racial.
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