Reprodução/Instagram: Alianza Lima Voley
Você sabia que o Peru representa um mercado profissional atrativo para atletas brasileiras de voleibol? O país foi o primeiro a conhecer o esporte na América do Sul, em 1910, através de uma missão governamental que tinha a finalidade de organizar a educação primária do local. A modalidade se tornou popular e tradicional no país. O ápice aconteceu durante a década de 80, principalmente com a conquista histórica da medalha de prata do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Seul-1988.
O Olimpíada Todo Dia conversou com a levantadora brasileira Marina Scherer, do Alianza Lima, que contou um pouco sobre a sua formação como atleta e o caminho até jogar em outro país.
“A minha trajetória começou mais ou menos com 13 anos de idade, tendo a formação como atleta inteira aqui no Brasil. Antigamente eu jogava como ponteira, mas depois mudei para levantadora quando tinha 18 anos. Com uns 22 anos eu decidi sair do país para ter a oportunidade de jogar fora, passei por Espanha e Portugal até ir para o Peru. Já são quatro anos representando este clube que amo de paixão. A torcida peruana é muito apaixonada por vôlei e isso foi um diferencial que me fez ir para lá”, contou Scherer.
Experiência recomendada
Marina também aproveitou para elogiar o campeonato peruano e não rejeitou a ideia de uma possível naturalização de cidadania.
“Óbvio que em termos de nível o Brasil é muito forte, mas o Peru está crescendo muito também. Tanto que hoje temos por volta de 18 jogadoras brasileiras atuando na liga peruana. Fora as outras nacionalidades, como americanas, francesas, russas entre outras. Cada vez mais gente vai aos ginásios para acompanhar os jogos. Na última final, inclusive, cerca de cinco mil pessoas foram ao ginásio para torcer. É um país apaixonado por esse esporte, até pela tradição que tem. Então para quem pensa em sair do Brasil para jogar em outro país, eu recomendo! Essa experiência é incrível tanto para o atleta, quanto para a vida pessoal”, afirmou a levantadora.
“É uma conversa que já surgiu [possibilidade de se naturalizar peruana], mas acho que é um assunto que precisa ser analisado com calma. Preciso estudar bastante, pois sei que é uma grande mudança na minha vida. Mas não é algo que eu diga ‘não’, acho que é uma conversa que pode vir a acontecer”, completou Marina Scherer.
O Alianza Lima, time de Marina Scherer, estreou nesta sexta-feira (7) no Campeonato Sul-Americano de Clubes de Vôlei Feminino. A equipe peruana venceu o San Martin, da Bolívia, por 3 sets a 0 (25/9, 25/7 e 25/7).

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