Cabo Verde, presente! | Opinião

Nós aqui em Cabo Verde sempre fomos muito sensíveis ao que se passa pelas Europas fora, e é verdade que ficámos um bocadinho ainda mais acrescentados nessa agradável emoção desde que os saudosos políticos portugueses, Mário Soares, Adriano Moreira e Freitas do Amaral, entre outros ilustres em quem poder não teve a morte, germinaram a peregrina, ainda que lisonjeira ideia de avançar com um movimento tendente à integração de Cabo Verde na rica Europa. Não deu em nada, é certo, desde o tempo da rainha D. Maria I que já se constatara a quase absoluta negrura de Cabo Verde a impedir a simples adjacência a Portugal, quanto mais a integração na Europa. Porém, a intenção muito nos agradou e ficámos todos realmente muito comovidos, tanto mais que “integração nem pensar”, disse logo quem mandava na altura, mas na mesma fomos consolados com uma “parceria especial” que foi por nós considerada tão excelente, que o próprio primeiro-ministro da época, no entusiasmo do momento, não se acanhou de declarar esse dia quase igual ao dia da independência nacional. O que foi sem dúvida um exagero de que certamente ele se terá penitenciado.

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