Nova tecnologia permite extrair água potável do ar de forma sustentável

Como funciona essa tecnologia inovadora?

Cientistas da Universidade do Texas em Austin criaram um método baseado em hidrogéis de biomassa funcionalizados para capturar a umidade do ar e convertê-la em água potável. A tecnologia utiliza materiais naturais, como restos de alimentos, galhos e conchas, tornando o processo sustentável e biodegradável.

O sistema opera por meio de sorventes projetados para absorver a umidade com alta eficiência. Quando submetidos a um leve aquecimento, esses materiais liberam a água capturada, pronta para consumo. Durante testes, o dispositivo demonstrou uma capacidade impressionante, extraindo até 14,19 litros de água potável por quilo de sorvente ao dia, um desempenho muito superior aos métodos convencionais, que geram entre 1 e 5 litros por quilo.

Inspirado na natureza

A pesquisa foi inspirada no processo biológico de desenvolvimento embrionário, onde células mudam entre estados sólidos e líquidos para formar tecidos. Esse princípio foi aplicado na criação de um material com propriedades higroscópicas e termorresponsivas, permitindo capturar e liberar água de maneira eficiente.

Os cientistas conseguiram otimizar a absorção da umidade do ar utilizando processos naturais, tornando a tecnologia mais econômica e menos dependente de fontes de energia intensivas, como ocorre em sistemas de dessalinização e outras formas tradicionais de captação de água.

Principais vantagens da tecnologia

Ao contrário dos sorventes sintéticos, que dependem de petroquímicos e exigem alto consumo energético, a nova tecnologia apresenta benefícios como:

  • Baixo impacto ambiental: Materiais biodegradáveis minimizam resíduos e poluição.
  • Escalabilidade: O método pode ser aplicado em pequena ou grande escala, adaptando-se a diferentes necessidades.
  • Eficiência energética: O sistema requer pouca energia para a liberação da água, tornando-se ideal para locais sem acesso à eletricidade.

Aplicações possíveis

Os pesquisadores já estudam diversos usos práticos para essa inovação, incluindo:

  • Coletores de água portáteis: Para uso pessoal em viagens e situações emergenciais.
  • Irrigação autossustentável: Beneficiando agricultores em regiões áridas.
  • Fornecimento para comunidades remotas: Tornando-se uma solução acessível para áreas sem infraestrutura de abastecimento de água.
  • Alternativa para crises hídricas: Sendo útil em regiões sujeitas a secas prolongadas.

O futuro da captação sustentável de água

Embora os resultados iniciais sejam promissores, a equipe científica ainda trabalha para garantir que a eficiência observada nos testes se mantenha em condições reais. Fatores ambientais, como temperatura e umidade do ar, podem influenciar o desempenho do sistema em larga escala.

O próximo passo será o aprimoramento do sistema para viabilizar sua produção industrial e comercialização. A ideia é que a tecnologia possa ser utilizada em operações de socorro emergencial, abastecimento de comunidades carentes e sistemas descentralizados de captação de água.

Segundo o pesquisador Guihua Yu, líder do estudo, essa inovação representa um grande avanço na obtenção sustentável de água. “Nosso objetivo é transformar esse conceito em uma solução real para comunidades ao redor do mundo”, afirmou Yu.

Com essa tecnologia inovadora, o futuro da captação de água pode se tornar mais acessível, eficiente e sustentável, beneficiando milhões de pessoas que enfrentam escassez hídrica em diversas partes do mundo.

[Fonte: IGN]

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