Sete cidades da América do Sul que podem desaparecer sob a água em 75 anos

A ameaça silenciosa do aumento do nível do mar

Os efeitos das mudanças climáticas vêm sendo discutidos há décadas, e um dos mais preocupantes é a elevação do nível dos oceanos. Cientistas alertam que, se nada for feito, diversas cidades costeiras da América do Sul podem desaparecer sob as águas nos próximos 75 anos.

Um estudo publicado na revista Nature Climate Change e conduzido pela organização Climate Central apontou que várias áreas litorâneas da região correm sério risco de inundação permanente. O derretimento acelerado das geleiras e das calotas polares, impulsionado pelo aquecimento global, aumenta o volume de água nos oceanos e coloca em perigo comunidades inteiras.

Cidades sul-americanas ameaçadas

Entre as cidades que podem ser afetadas, Barranquilla, na Colômbia, está no topo da lista. Situada na foz do rio Magdalena, a cidade já enfrenta enchentes frequentes, e o aumento do nível do mar pode torná-la inabitável.

Maracaibo, na Venezuela, é outro centro urbano em perigo. A proximidade com o mar e a falta de infraestrutura para conter a subida das águas tornam a cidade um dos pontos críticos da região.

No Brasil, Rio de Janeiro e Porto Alegre aparecem como locais extremamente vulneráveis. Ambas estão situadas próximas ao mar e podem sofrer com inundações cada vez mais frequentes. Além disso, o avanço das águas pode impactar fortemente a economia e o turismo dessas cidades.

O balneário uruguaio de Punta del Este também corre risco de submersão. Por ser um destino turístico muito popular, sua vulnerabilidade pode trazer graves consequências para a economia do Uruguai.

Diante dessas previsões alarmantes, especialistas alertam para a necessidade de ações urgentes para reduzir os impactos das mudanças climáticas e minimizar os danos para as populações dessas cidades.

Por que o nível do mar está subindo?

A elevação do nível do mar não é um problema exclusivo da América do Sul. De acordo com a organização Climate Central, países como México, Honduras e Nicarágua também podem sofrer com um aumento da água entre 0,6 e 2,1 metros até o final do século.

Entre as principais causas desse fenômeno estão:

  • Derretimento das geleiras e calotas polares: Com o aumento da temperatura global, o gelo dos polos derrete e despeja enormes quantidades de água nos oceanos.
  • Expansão térmica dos oceanos: A água do mar se expande à medida que esquenta, elevando ainda mais o nível das águas.
  • Uso inadequado de recursos hídricos: A exploração excessiva de águas subterrâneas e a degradação dos oceanos também contribuem para o agravamento da situação.

América Latina: uma região em risco

A situação na América Latina é ainda mais preocupante. De acordo com o relatório O Estado do Clima na América Latina e no Caribe, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial, o nível do mar no Caribe aumentou cerca de 3,6 milímetros por ano entre 1993 e 2020, um índice superior à média global de 3,3 milímetros anuais.

Se essa tendência continuar, milhões de pessoas podem perder suas casas e precisar se deslocar para regiões mais seguras, gerando um impacto social e econômico significativo.

O que pode ser feito para evitar esse desastre?

Ainda há tempo para reduzir os impactos da elevação do nível do mar. Algumas medidas essenciais incluem:

  • Redução das emissões de gases do efeito estufa: Adoção de políticas ambientais mais rigorosas e incentivo ao uso de energias renováveis.
  • Proteção de ecossistemas costeiros: Manguezais e recifes de corais podem atuar como barreiras naturais contra a erosão e o avanço do mar.
  • Urbanismo sustentável: Desenvolvimento de infraestrutura resistente às mudanças climáticas e realocação de populações em áreas de risco.
  • Conscientização ambiental: Educação da população sobre a importância da preservação do meio ambiente e incentivo a práticas sustentáveis.

Embora os efeitos das mudanças climáticas pareçam um problema distante, os dados mostram que a elevação do nível do mar já está acontecendo. A adoção de medidas urgentes pode ser a única forma de evitar que cidades inteiras desapareçam sob as águas nas próximas décadas.

 

Fonte: La Nación

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