“Falei há minutos com o meu amigo Andrii Sybiha, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, para lhe dizer, de viva voz, que a Ucrânia e o povo ucraniano podem contar com Portugal”, afirmou na rede social X o chefe da diplomacia portuguesa.
Na mesma rede social, Andrii Sybiha afirmou que o homólogo português lhe “reiterou que a Ucrânia pode contar com o apoio contínuo de Portugal”.
“Estamos gratos por esta solidariedade. Ela demonstra que não estamos sozinhos na defesa dos nossos valores comuns”, afirmou o chefe da diplomacia ucraniana.
Também numa mensagem publicada nas redes sociais, o primeiro-ministro português transmitiu uma mensagem de apoio ao Presidente ucraniano depois da reunião tensa na Casa Branca, que terminou sem acordo.
“A Ucrânia pode sempre contar com Portugal”, publicou Luís Montenegro, escrita em português e em inglês, e na qual o primeiro-ministro português identifica Volodymyr Zelensky.
Os presidentes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu também vieram publicamente apoiar Zelensky, tal como o fizeram líderes de quase todos os países europeus, à exceção do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, que tem assumido posições muito próximas do líder russo Vladimir Putin.
As mensagens foram publicadas pouco depois de Zelensky abandonar prematuramente a Casa Branca, após uma reunião com Trump na Sala Oval, perante a comunicação social, que se tornou num confronto verbal sem precedentes.
Trump, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de “abandonar” a Ucrânia se este não fizer concessões à Rússia.
“Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz”, disse Donald Trump numa mensagem na sua rede social, Truth Social.
A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para a qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou, nem a conferência de imprensa conjunta que estava prevista no final do encontro.
Trump acusou também o homólogo ucraniano, que também ali estava em busca do apoio de Washington, após três anos de guerra com a Rússia, de ter “faltado ao respeito aos Estados Unidos”, sublinhando que os Estados Unidos deram à Ucrânia muito dinheiro e que ele “devia estar mais grato”.
Numa cena de tensão sem precedentes, que se prolongou por vários minutos e que envolveu também o vice-presidente norte-americano, JD Vance, os três dirigentes levantaram a voz e falaram uns por cima dos outros várias vezes.
Trump criticou em especial Zelensky por “se ter colocado numa posição muito má” em relação à Rússia e disse-lhe que ele “não tinha as cartas na mão”, quanto ao desenlace da guerra.
“Você está a brincar com a vida de milhões de pessoas. Está a brincar com a terceira guerra mundial (…)”, disse-lhe ainda Trump, visivelmente irritado.
[Notícia atualizada às 22h41]
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