Reportagem SIC em Moçambique: “O presidente eleito por nós, que somos o povo, é o Venâncio Mondlane”
Violência em Moçambique
Enviados SIC
Desde outubro que Moçambique vive sucessivas greves e manifestações, convocadas por Mondlane, e os confrontos entre polícia e manifestantes já provocaram cerca de 300 mortos e mais de 600 pessoas foram feridas a tiro.
Moçambique vive, desde outubro, dias de luta nas ruas contra os resultados eleitorais que deram a vitória, mais uma vez, à Frelimo.
As maiores tensões têm acontecido em Maputo, entre manifestantes apoiantes de Venâncio Mondlane e a polícia, e é nas ruas da capital que boa parte do comércio se faz.
Os vendedores informais dizem estar do lado da mudança, mas a fazer menos negócio e consequentemente a ganhar menos.
Ficar na sombra com medo das represálias
No bairro Mafalala, onde Eusébio nasceu, os moçambicanos que aceitaram falar com a SIC preferiram esconder a identidade, por receio de represálias.
“O presidente eleito por nós, que somos o povo, é o Venâncio Mondlane, não o Chapo nem os deputados que estão na Assembleia agora. (…) Ele dá-nos uma promessa, dá-nos esperança naquela promessa. Não são as promessas de há 50 anos que não estão a ser cumpridas”
Caos e violência já causaram 300 mortos e 600 feridos
Desde 21 de outubro que Moçambique vive sucessivas paralisações e manifestações, convocadas por Mondlane, e os confrontos entre a polícia e os manifestantes já provocaram cerca de 300 mortos e mais de 600 pessoas foram feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.
A tomada de posse de Daniel Chapo terá lugar esta quarta-feira, estando Portugal representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, após afastada a possibilidade de o país se fazer representar pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
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