A Anistia Internacional publicou nesta quarta-feira (26) um relatório que denuncia o recrutamento forçado de crianças e adolescentes por gangues no Haiti. O avanço da crise ocorre pelo domínio das facções criminosas que controlam 85% da capital, Porto Príncipe, e utilizam o medo de represálias e a fome para o recrutamento.
A organização afirma que o recrutamento generalizado contribui para a formação de uma nova geração de membros. As gangues se fortaleceram diante da instabilidade política do país e operam na área metropolitana de Porto Príncipe e arredores.
O país vivencia uma das crises alimentares mais graves do mundo, atingindo quase metade da população. Segundo o Programa Mundial de Alimentos(PMA), dos 11,7 habitantes, cerca de 4,3 milhões atualmente vivem em situação de fome aguda.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef),o número de crianças recrutadas pelas gangues no país caribenho cresceu 70% em um ano, representando quase metade dos membros das organizações criminosas que operam na região.
Relatos de violência sexual
O documento apresenta diversos relatos de violência sexual, estupro ou comércio sexual promovidos por gangues, com casos que envolvem vítimas de estupro coletivo e sequestro.
A falta de acesso de assistência social e psicológica afeta ainda mais o cenário vivenciado pelas crianças haitianas, que não possuem suporte. A Anistia Internacional proprõe legalizar o aborto seguro devido à proibição do procedimentoaté mesmo em casos de estupro por violencia sexual, levando muitas garotas há buscar métodos inseguros para interrmpoer a gravidez.
O cenário na comunidade Internacional
A entidade apresenta recomendações ao governo do Haiti, como solicitar apoio da Organização dos Estados Americanos(OEA), além de outros países na região para preservar a infância de crianças e adolescentes.
“A comunidade internacional não pode continuar a fazer promessas vazias e expressar preocupação oca sobre a situação no Haiti. O país necessita de assistência técnica e financeira imediata e sustentada para proteger as crianças”, afirma a Anistia Internacional.
A entidade reforça a situação do controle imigratório da República Dominicana e dos Estados Unidos e pede para que suspendam a deportação de refugiados haitianos que fogem da crise humanitária do país. Além de apontar o controle de venda ilegal de armas que chegam na região, principalmente por parte dos Estados Unidos que agravou a violencia no Haiti.
Com informações da Agência Brasil
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