Em comunicado, o partido de Rui Tavares refere que os resultados das eleições de domingo na Venezuela “foram prontamente contestados pela oposição que garante ter sido Gonzalez o vencedor e por uma margem relevante”, apesar do Conselho Nacional Eleitoral ter proclamado hoje Nicolás Maduro oficialmente presidente.
“O Livre associa-se assim aos apelos de progressistas como Gabriel Boric ou Gustavo Petro para que haja uma verificação transparente e completa dos resultados eleitorais”, refere.
Para o partido, “apenas desta forma os venezuelanos conseguirão aceitar a legitimidade democrática do candidato vencedor e garantir a estabilidade social” que é precisa para a população.
“É essencial que os votos dos venezuelanos sejam estritamente respeitados”, apela.
Para isto acontecer, segundo o Livre, é preciso “transparência total sobre os resultados em todos os locais de votação” e ainda a disponibilização de toda a informação.
O partido considerou que é preciso assegurar “a possibilidade de recontagem com observadores das várias candidaturas, bem como eventuais observadores internacionais”.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou hoje oficialmente como Presidente Nicolás Maduro, após ter anunciado no domingo à noite que o líder chavista, no poder desde 2013, venceu as eleições, resultado rejeitado pela oposição.
Nicolás Maduro reagiu de imediato ao ato de proclamação da CNE, realçando que alcançou a proeza de ter derrotado “o fascismo” nas eleições de domingo.
“Derrotar o fascismo, os demónios, as demónias, é um feito histórico e o nosso povo conseguiu, o nosso povo conseguiu de novo”, sublinhou o líder chavista depois de receber das mãos do presidente do CNE, Elvis Amoroso, a credencial simbólica que lhe permitirá governar o país até 2031.
No domingo à noite, o CNE adiantou que Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%).
Vários países já felicitaram Maduro pela vitória, como Rússia, Nicarágua, Cuba, China e Irão, mas países democráticos demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela além de Portugal, como Espanha e Estados Unidos.
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