Organismo máximo do futebol decidiu que Emilio Nsue nunca foi elegível para representar o país africano ao longo dos seus 11 anos de carreira internacional; Guiné Equatorial foi punida com duas derrotas no apuramento para o Mundial 2026 e com o pagamento de uma multa
A FIFA decidiu que o capitão da Guiné Equatorial e melhor marcador do CAN 2023, Emilio Nsue, nunca foi elegível para representar a nação africana durante os seus 11 anos de carreira internacional. A decisão já tinha sido tomada pela FIFA em 2013 que não autorizou o avançado a jogar pela Guiné Equatorial, uma vez que este também jogou nas seleções jovens de Espanha.
Contudo, Nsue continuou a representar a seleção equato-guineense. Em março deste ano, a FIFA voltou a abriu uma investigação sobre a elegibilidade de Nsue, tendo dado ao jogador de 34 anos um prazo de seis dias para se defender, mas nunca o fez.
O organismo máximo do futebol publicou a sua decisão nesta segunda-feira, retirando as duas vitórias que a Guiné Equatorial obteve na qualificação africana para o Mundial 2026, contra a Namíbia e Libéria. Nos dois jogos, os equato-guineenses venceram por 1-0, em ambos com golo de Emilio Nsue. Além disso, o próprio jogador foi banido de qualquer compromisso de futebol internacional por seis meses, enquanto a federação equato-guineense foi multada em mais de 150 mil euros.
A decisão da FIFA acaba por ser uma réplica da decisão tomada em 2013, quando Nsue foi considerado inelegível e, também nessa altura, a Guiné Equatorial foi punida com a derrota em duas partidas dois jogos de qualificação para o Mundial 2014 devido à participação de Nsue. O avançado que atualmente joga no CF Intercity disputou 26 jogos pela Espanha, em escalões que iam desde os sub-16 até aos de sub-21, tendo mesmo chegado a participar no Euro Sub-21 de 2011.
Em 2013, a Guiné Equatorial pediu à federação espanhola para Nsue representar a seleção equato-guineense, mas esse processo nunca passou pela FIFA. Ainda que o avançado seja o melhor marcador internacional da Guiné Equatorial, o clima entre Nsue e a federação do seu país azedou após o CAN e o ponta de lança a ser suspenso da própria seleção e a descrever os dirigentes da Federação da Guiné Equatorial como «chupistas, cancros e corruptos.»
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