Nos últimos tempos tem sido constante a ruptura de stock de sangue no único hospital de São Tomé. As autoridades sanitárias apelam ao maior espírito de doação voluntaria.
De acordo com o diretor técnico do Hospital Ayres de Menezes, Ramon dos Prazeres, no último fim de semana, o estoque de sangue no único hospital da capital santomense estava no nível de zero.
“Sangue é sempre necessário, mas neste momento nós temos um estoque zero, quer dizer que se houver alguma necessidade, pelo menos se houvesse até ontem alguma necessidade, ali os familiares tinham que procurar algum parente, algum amigo que era para ir fazer a doação, porque neste momento, a nível da estocagem do banco de sangue, não temos uma bolsa sequer”.
Nos últimos anos, o número de doadores de sangue reduziu consideravelmente. Os poucos que ainda o fazem são pessoas ligadas a algumas confissões religiosas.
“Na Bíblia diz que dar sangue é a vida, e eu já estou habituado a dar várias vezes lá no hospital, e então eu gosto de dar sangue porque dar sangue é dar vida”.
Perante a ruptura constante do estoque de sangue no Hospital Ayres de Menezes, o responsável da instituição deixa um apelo à população.
“O apelo é que de forma rotineira as pessoas possam doar o seu sangue, porque como sabe o sangue, qualquer um de nós pode precisar em qualquer momento. E se temos um banco de sangue, onde nós não temos uma reserva, claro que dependendo da situação, dependendo do momento, as pessoas podem acabar por perder a sua vida por falta desse líquido precioso que todos nós sabemos”.
Preocupação das autoridades sanitárias do São Tomé e Príncipe face à ruptura constante do estoque no único banco de sangue do país.
Óscar Medeiros – Jornalista RDP-África
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