Peru desenvolverá primeiro assistente de biodiversidade

Foto: Reprodução/Agência Andina

Em um passo na direção à inovação tecnológica aplicada à proteção da natureza, o Peru será um dos países pioneiros no desenvolvimento de um assistente de biodiversidade alimentado por inteligência artificial (IA), uma plataforma de software de ponta que promete transformar o monitoramento da biodiversidade em áreas naturais protegidas (ANPs).

A iniciativa será realizada graças a uma aliança estratégica entre a WildMon e o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp), pelo prêmio concedido ao Centro de Conservação e Sustentabilidade do Zoológico Nacional Smithsonian e ao Instituto de Biologia da Conservação Smithsonian como parte do ‘AI Grand Challenge for Climate and Nature‘ concedido pelo Bezos Earth Fund.

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Como parte dessa conquista global, a equipe da Sernanp participou do desenvolvimento de uma proposta expandida para a Fase II, que culminou em uma reunião de trabalho em Porto Rico, centro de operações da WildMon. Esta iniciativa busca avançar no uso de inteligência artificial para processar e analisar informações para a gestão adequada de áreas protegidas.

Um ‘Assistente de Biodiversidade’ é uma ferramenta digital inteligente que integra informações essenciais de quatro fontes principais: DNA ambiental (eDNA), armadilhas fotográficas, monitoramento acústico e dados de observação por satélite. Essa combinação permitirá a detecção de espécies, o mapeamento de ecossistemas e o monitoramento de mudanças com maior velocidade, precisão e eficiência.

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Foto: Divulgação/ Andina

O processamento e a análise de dados para monitorar a biodiversidade na Amazônia podem levar de quatro a seis meses. Com este novo sistema baseado em IA, esse tempo será reduzido para 30 dias, permitindo uma resposta mais rápida a ameaças ambientais, como perda de habitat, caça ilegal ou os efeitos das mudanças climáticas.

Além do seu valor tecnológico, esta ferramenta impulsionará a capacitação local, já que cientistas, guardas florestais, técnicos e jovens profissionais peruanos ganharão novas habilidades para liderar a conservação desde a base.

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Este projeto representa um marco não apenas para o Peru, mas também para a comunidade global que busca soluções inovadoras para a crise climática. De acordo com o governo peruano, ser selecionado pelo Fundo representa o reconhecimento do potencial da aplicação de ciência, dados e tecnologia para proteger a vida selvagem e os ecossistemas mais valiosos do mundo.

O Sernanp possui mais de 80 protocolos de monitoramento de espécies nos PNAs administrados nacionalmente, que buscam gerar informações para o manejo da vida selvagem com espécies como o urso-de-óculos, o jacaré-branco, o peixe-boi, o galo-das-rochas, o cedro, a castanha, entre outras.

Além disso, mais de 25 áreas naturais protegidas têm seus respectivos protocolos de monitoramento de ecossistemas.

*Com informações da Agência Andina

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