Conselho Nacional de Direitos Humanos fim das relações entre Brasil e Israel por ‘genocídio’ em Gaza | Brasil

Em reunião nesta sexta-feira (6), o Conselho Nacional de Direitos Humanos aprovou por unanimidade um texto em que defende que Israel comete genocídio contra a população que reside na Faixa de Gaza. O documento faz algumas resoluções para o Brasil, como a colaboração para adotar o cessar-fogo na região e o fim das relações com Israel.

O texto aprovado será enviado ao Itaramaraty e nele ainda contém um pedido para que o governo brasileiro declare o primeiro-ministro israelense como ‘persona non grata’.

A justificativa é a ‘reciprocidade’, pelo presidente Lula ter sido declarado isso também no país após comparar os ataques do exército de Israel em Gaza aos contra os judeus na Alemanha nazista. Na época, o governo retirou o diplomata de Tel Aviv.

É feito um pedido oficial para que o Ministério de Relações Exteriores acabe com as relações de comércio ‘sobretudo em relação a armamentos, e promova uma revisão de acordos comerciais’.

Além disso, o conselho também fez uma solicitação formal de reunião com representantes da diplomacia de Israel e Palestina no Brasil para entregarem o documento formalmente.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos é um órgão que se reúne ao menos uma vez por mês. Ele é formado por membros do governo federal e da sociedade civil. O conselho está relacionado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Lula e Macron criticam guerra em Gaza

Presidentes do Brasil, Lula, e da França, Emmanuel Macron, durante coletiva de imprensa — Foto: Ricardo Stuckert / PR

Durante encontro com Emmanuel Macron nessa quinta-feira (4), em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar duramente a atuação da comunidade internacional diante da guerra entre Israel e Hamas. Lula cobrou ações mais enérgicas da ONU e classificou o conflito como um “genocídio”, com ênfase no sofrimento de mulheres e crianças palestinas.

‘A mesma ONU que teve autoridade para criar o Estado de Israel tem que ter autoridade para preservar a área demarcada em 1967. Esses dias nós sofremos com a morte de dois judeus lá no mercado de Israel, nos Estados Unidos. Mas no mesmo dia, duas crianças carregando um saco de farinha foram mortas. Desculpe a emoção, mas é triste’, afirmou o presidente, visivelmente emocionado.

‘É triste saber que o mundo se cala diante de um genocídio em que a grande vítima não é soldado que está em guerra, mas mulheres e crianças’, disse Lula

Ao lado de Lula, o presidente francês Emmanuel Macron demonstrou alinhamento ao discurso e afirmou que vai intensificar a pressão internacional para que as ações humanitárias em Gaza sejam retomadas. Macron também defendeu o reconhecimento do Estado palestino, mas ponderou que evitará declarações mais incisivas neste momento para não prejudicar negociações por um cessar-fogo.

O líder francês indicou, no entanto, que pode mudar o tom nos próximos dias, caso não haja avanços. O encontro em Paris ocorre em meio ao agravamento da crise humanitária em Gaza e ao aumento das pressões internacionais por uma solução diplomática para o conflito.

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