O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou de sessão da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, nesta terça-feira (20), para falar sobre o asilo político concedido pelo Brasil à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia.
Durante depoimento, ele defendeu a utilização de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar Nadine.
“Tendo sido concedido salvo conduto correspondente ao país que concede o asilo pelos termos da convenção de Caracas, assegurar o transporte da pessoa asilada com segurança é uma obrigação do Estado asilante. O uso das Forças Aéreas para transportar a senhora Nadine e seu filho, portanto se justifica pela urgência do caso e está em linha com a praxe regional”, disse.
De acordo com o embaixador, portanto, o “uso das Forças Aéreas para transportar a senhora Nadine e seu filho se justifica pela urgência do caso e está em linha com a praxe regional”.
O Brasil concedeu o asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru em abril deste ano, após ela mesma ter solicitado, alegando estar sendo perseguida politicamente no país.
Nadine e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por recebimento ilícito de verba da empreiteira brasileira Odebrecht (hoje Novonor), para campanhas eleitorais.
Segundo Mauro Vieira, nem mesmo o governo peruano se opôs à concessão do asilo por parte do Brasil.
“O embaixador em Lima nos informou imediatamente e nós pedimos que ele contatasse o governo para saber se eles dariam. E já por telefone nos foi antecipado que eles dariam, se demorou 2 horas e pouco a partir do momento em que foi pedido, foi única e exclusivamente para preparar os documentos. Não houve nenhuma oposição ou nenhum questionamento do governo peruano”, afirmou à Comissão.
Atualmente, a ex-primeira-dama, que enfrenta um câncer, está na cidade de São Paulo com seu filho mais novo, Samin Mallko Ollanta Humala Heredia.
A defesa de Nadine e seu marido repudia os procedimentos adotados pelos promotores do caso e quer apelar da condenação, assim como contestar em instância superior os mandados de prisão preventiva contra o casal.
*Sob supervisão de Renata Souza
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