Governo volta atrás em parte do pacote do IOF e desiste de subir duas alíquotas | Brasil

Horas após publicar um decreto aumentando as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeira (IOF), o governo recuou parcialmente na medida, devido à repercussão negativa no mercado financeiro e também internamente.

Na rede social X, o Ministério da Fazenda informou que, “após diálogo e avaliação técnica”, decidiu manter em zero a alíquota de IOF sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior, que subiria para 3,5%.

Ainda segundo a pasta, será esclarecido que remessas destinadas a investimentos continuarão sujeitas à alíquota atualmente vigente de 1,1%, sem alterações.

“Este é um ajuste na medida — feito com equilíbrio, ouvindo o país, e corrigindo rumos sempre que necessário”, informou a Fazenda, após o decreto aumentando as alíquotas do IOF ter repercutido mal dentro e fora do governo. Houve imbróglio também com o Banco Central (BC), segundo apurou o Valor.

Após o anúncio do pacote do IOF, em entrevista coletiva concedida para detalhar as alterações, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Gabriel Galípolo, haviam tratado das mudanças antes do anúncio oficial.

Haddad, que já tinha deixado a entrevista coletiva, publicou em seu perfil na rede social X que não havia negociado o pacote com o BC, desmentindo Durigan. O Valor apurou que houve uma reunião tensa entre Haddad e Galípolo para tratar do assunto.

Inicialmente, a Fazenda estimava arrecadar R$ 20,5 bilhões com as mudanças do IOF em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Após o recuo parcial, novas projeções ainda não foram informadas pela pasta.

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