Em São Tomé e Príncipe “não é necessário muito para se ser feliz e isso passa para os turistas”, afirma Sónia Alves 

Sónia Alves, da Top Atlântico do Oeiras Parque, foi uma das agentes de viagens que integrou a fam trip a São Tomé e Príncipe organizada pela Solférias, que o Turisver foi convidado a acompanhar. Já no aeroporto de São Tomé, enquanto aguardávamos o voo de regresso a Lisboa, quisemos saber as suas impressões sobre estas ilhas.

Por: Fernando Borges

Finalizado este encontro com São Tomé e Príncipe fica a questão: que encontro foi este? O que mais a marcou nesta viagem?

Para além da beleza natural que é impactante, foram acima de tudo as pessoas, a afetividade com que fomos recebidos e que esteve presente em todos os momentos, assim como a simplicidade com que se vive neste país, provando que não é necessário muito para se ser feliz, e isso passa para os turistas.

Partindo já com um amplo conhecimento deste país, o que vai mudar na sua forma de vender este destino?

Vou passar a vender com um muito maior conhecimento da realidade, do que tem para oferecer, das suas valências. E aí destacarei, para além do constante encontro com a natureza, a tranquilidade com que aqui se vive e que acaba por nos influenciar a fazer o mesmo, para não falar da sua excelente gastronomia.

Falando de gastronomia: como a define, que sabores colocados à mesa destaca?

O facto de ter um clima tropical permite a São Tomé e Príncipe ter uma variedade de frutas e legumes que muito contribuem para criar pratos autênticos e muito saborosos, também criativos, destacando a valorização da utilização dos produtos locais e da terra para a confeção de quase todos os pratos, assim como produtos do mar, nomeadamente o uso da matabala quer frita quer em puré, que substitui e muito bem a batata, da fruta-pão, do inhame, da batata-doce, do polvo, do pargo, do bonito e da garoupa, embora o peixe seco esteja na base de muitos dos seus pratos.  

Entre os pratos que tivemos a possibilidade de degustar, o peixe azeite grelhado com legumes salteados gratinados, ervas locais e fruta-pão, foi o que mais apreciei, sem esquecer obviamente o calulu de peixe, a kisaca e o feijão à moda da terra, que é uma versão local da tradicional feijoada portuguesa, de preferência com um pingo de “fura-cueca”, o picante local. Devo obviamente destacar que São Tomé e Príncipe tem igualmente restaurantes excelentes, como o Papa Figo, o da Casa Museu Almada Negreiros, o Na Roça com os Tachos que fica na Roça São João dos Angolares e o Mucumbli em São Tomé, enquanto no Príncipe o Oka, no Sundy Praia, e o restaurante do Roça Sundy, são uma verdadeira celebração da gastronomia da ilha.

“Tendo em conta que este é um país com poucos recursos e com pouca oferta acho essa relação justa, até porque os hotéis que conhecemos e experienciámos têm um bom serviço”

E quanto à oferta hoteleira? Perante o que viu acha justa a relação preço-qualidade?

Tendo em conta que este é um país com poucos recursos e com pouca oferta acho essa relação justa, até porque os hotéis que conhecemos e experienciámos têm um bom serviço.

E entre os hotéis que visitámos, quais vai propor aos seus clientes?

Em São Tomé, sem dúvida o Omali. No Príncipe, vou sugerir duas experiências diferentes: a que é oferecida pelo Roça Sundy e a que é proposta pelo Sundy Praia, dois conceitos diferentes mas ambos de grande qualidade.

Tendo em conta que a Solférias tem um programa apenas para São Tomé e um outro que conjuga as duas ilhas, na sua opinião este é um destino que deve ser vivido entre as duas ilhas ou acha que optar apenas por uma é suficiente?

É sem dúvida muito mais enriquecedor optar pelas duas ilhas, pois apesar de uma aparente parecença entre ambas elas são muito diferentes. Claro que temos que ter em conta os custos que existem entre fazer uma ou as duas ilhas, até porque o cliente terá de fazer um voo interno, que encarece o pacote.

Pensa que São Tomé e Príncipe pode vir a ser um destino mais apetecido pelos portugueses?

Sim, sem dúvida, não só pelas ligações culturais e históricas, por termos voos diretos, e pela língua, porque aqui fala-se português, e também porque cada vez há mais quem procure destinos tranquilos, que apostam na sustentabilidade e no contacto com a natureza. E estas ilhas oferecem tudo isso. 

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