Atraso de Infantino em congresso da Fifa provoca protesto da Uefa e clima tenso no Paraguai

Um atraso de mais de duas horas do presidente da Fifa, Gianni Infantino, no congresso da entidade realizado nesta semana no Paraguai desencadeou uma crise diplomática no alto escalão do futebol internacional. A Uefa, principal confederação europeia, acusou, segundo a rede televisiva inglesa BBC, o dirigente de colocar “interesses políticos privados” acima das prioridades do futebol, após ele ter adiado sua chegada ao evento para acompanhar uma viagem diplomática no Oriente Médio ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Infantino, de 55 anos, só chegou ao Centro de Convenções da Conmebol, em Luque, às 12h47 (hora local), duas horas e 17 minutos após o horário inicialmente previsto para a abertura do congresso, às 10h30. Em sua defesa, o presidente da Fifa disse que a missão no exterior foi “crucial” para representar o futebol em “discussões importantes com líderes mundiais em política e economia”.

A justificativa, no entanto, não convenceu os dirigentes europeus. Em protesto, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, liderou um grupo de delegados do continente que se retirou da plenária durante um dos intervalos do evento, deixando cadeiras visivelmente vazias quando os trabalhos foram retomados.

Em nota oficial, a Uefa classificou como “profundamente lamentável” a alteração de última hora na agenda.

“O congresso da Fifa é um dos encontros mais importantes do futebol mundial. Alterar o calendário para atender apenas a interesses políticos privados não presta nenhum serviço ao jogo”, afirmou a entidade.

Além dos europeus, delegados da Concacaf — confederação que representa América do Norte, Central e Caribe — também deixaram o congresso antes do fim, sinalizando um descontentamento mais amplo.

Tentando conter a crise, o secretário-geral da Fifa, Mattias Grafstrom, buscou minimizar o episódio.

“O presidente explicou os motivos do seu atraso. Ele tinha assuntos importantes para tratar e tivemos um ótimo congresso aqui. A Fifa mantém um excelente relacionamento com a Uefa e com seus membros europeus”, disse.

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