Uma decisão da Secretaria Nacional de Justiça de suspender a cooperação com o Peru sobre acusações de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht foi comemorada por adversários da Lava Jato no Brasil.
A decisão foi tomada pelo órgão do Ministério da Justiça pelo fato de as provas utilizadas nos processos no país andino terem sido anuladas no Brasil pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele viu sinais de conluio entre as autoridades da Lava Jato no caso, conforme revelado por diálogos entre procuradores na chamada Vaza Jato.
“A decisão da Secretaria Nacional de Justiça parece pôr fim a uma série de irregularidades que o Ministério Público e a Justiça peruana cometeram ao longo de toda a cooperação jurídica havida com o Brasil no âmbito da Operação Lava Jato”, diz o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, um dos principais críticos da operação.
Ele também é advogado do ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-16), que foi preso por conta da operação. Além deles, também já foram condenados os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-06) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-18) por envolvimento na operação.
Segundo Carvalho, as autoridades peruanas desprezaram o fato de as provas no Brasil terem sido invalidadas.
“Para espanto e perplexidade dos que acompanham os processos no Peru, as decisões de anulação das provas obtidas através dos sistemas da empresa foram simplesmente ignoradas”, afirmou.
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