Novo papa escolheu os luxos do Vaticano, contrariando o estilo de vida simples de Francisco – veja o porquê

A recente eleição de Leão XIV para o comando da Igreja Católica trouxe mudanças não apenas simbólicas, mas também práticas. Uma das primeiras decisões do novo pontífice foi retornar à residência papal tradicional, abandonando o modelo mais simples adotado por seu antecessor, Francisco. A escolha revela muito sobre as visões distintas de dois papas separados por estilo, mas unidos pelo mesmo chamado espiritual.

Leão XIV retorna ao Palácio Apostólico

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Desde sua eleição em 8 de maio, Leão XIV optou por se instalar no Palácio Apostólico, a tradicional residência dos papas, localizada na Cidade do Vaticano. A escolha marca o fim do período em que Francisco, rompendo com séculos de tradição, morou fora desses aposentos históricos.

O Palácio Apostólico possui cerca de dez cômodos amplos. Entre eles, estão uma capela privativa, uma biblioteca exclusiva, um escritório particular e até uma suíte médica — adicionada nos últimos anos do pontificado de João Paulo II. Também há um jardim suspenso e acomodações para religiosas que atuam na manutenção da casa pontifícia. É de uma das janelas da biblioteca que o papa realiza suas tradicionais bênçãos dominicais.

Além do espaço interno, Leão XIV terá à disposição outras comodidades criadas por papas anteriores. A residência de verão em Castel Gandolfo, por exemplo, oferece uma piscina construída a pedido de João Paulo II. Já dentro do Vaticano, o novo pontífice poderá continuar utilizando a quadra de tênis próxima às Muralhas Leoninas, que já frequentava antes mesmo da eleição.

Com essa decisão, Leão XIV reforça um retorno ao cerimonial clássico do Vaticano, em contraste com o estilo de vida mais modesto que marcou o papado de seu antecessor.

Francisco e o exemplo da simplicidade

Novo papa escolheu os luxos do Vaticano, contrariando o estilo de vida simples de Francisco – veja o porquê
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Francisco, eleito em março de 2013, foi o primeiro papa em mais de um século a rejeitar a moradia no Palácio Apostólico. Em vez disso, optou por continuar vivendo na Casa Santa Marta, uma hospedaria funcional construída em 1996 para abrigar cardeais durante os conclaves.

O então pontífice se manteve na suíte 201, onde já estava hospedado, e decidiu viver em meio a padres, bispos e colaboradores do Vaticano. O ambiente era simples, porém confortável, com espaços como capela, escritório, sala de jantar e dormitórios para secretários. A decoração discreta incluía elementos religiosos de significado pessoal, como uma imagem de Nossa Senhora de Luján e uma estátua de São José.

A Casa Santa Marta conta com cinco andares, 26 quartos individuais e cinco suítes. Os ambientes são equipados com o básico: escrivaninha, cadeiras, armários e TV por satélite. Francisco fazia suas refeições na sala comum e celebrava missa todas as manhãs na capela principal, cercado por funcionários e hóspedes.

Sobre sua escolha, Francisco afirmou que não suportaria viver sozinho e precisava manter-se próximo das pessoas. Para ele, a convivência e o contato com o cotidiano da Igreja eram essenciais ao exercício de sua missão espiritual.

Essa decisão, embora tenha sido interpretada como gesto de humildade e desapego, também representou uma forma de aproximar o pontífice da vida real e do povo. Francisco evitou símbolos de opulência sempre que possível, o que moldou sua imagem como líder próximo, acessível e engajado.

A volta de Leão XIV ao Palácio Apostólico sinaliza uma mudança na postura institucional do papado após doze anos de simplicidade e contato direto com a comunidade. Mais do que uma decisão logística, a escolha da residência pontifícia revela estilos de liderança e prioridades distintas, refletindo o equilíbrio delicado entre tradição e renovação dentro da Igreja Católica.

[Fonte: Metrópoles]

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