Como emagrecer? Estudo revela o que realmente funciona na perda de peso

Uma pesquisa da Universidade de Tübingen, na Alemanha, liderada pelo professor Reiner Jumpertz-von Schwartzenberg, aponta que o tratamento mais eficaz para perda de peso combina mudanças no estilo de vida, controle alimentar e, em casos específicos, intervenções médicas. O estudo, publicado na plataforma The Conversation Brasil, destaca que perder de 5% a 7% do peso corporal, aliado ao controle glicêmico, reduz significativamente o risco de complicações como diabete tipo 2, problemas renais e cardiovasculares.

Obesidade é multifatorial

A obesidade, segundo os pesquisadores, é uma condição multifatorial, que vai além do consumo excessivo de alimentos ou do sedentarismo. Aspectos emocionais e psicológicos, como estresse no trabalho, preocupações financeiras e problemas familiares, são fatores que frequentemente levam à alimentação emocional.

Além disso, o estilo de vida moderno contribui para o ganho de peso, com muitas pessoas passando grande parte do dia sentadas e consumindo alimentos altamente processados e calóricos. Esses fatores comportamentais, psicológicos e ambientais criam um cenário propício ao aumento de peso.

Tratamento eficaz requer abordagem multimodal

O estudo reforça que a perda de peso bem-sucedida depende de estratégias combinadas. A abordagem multimodal, com diferentes profissionais de saúde trabalhando juntos, mostrou-se particularmente eficaz para pessoas com pré-diabete, caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue.

A prática regular de exercícios, especialmente aeróbicos, combinada com uma alimentação rica em ácidos graxos poli-insaturados — presentes em nozes, sementes e peixes — demonstrou resultados positivos na redução da gordura visceral, um tipo de gordura que se acumula ao redor dos órgãos e está associado a maior risco de doenças metabólicas.

Dieta mediterrânea e controle emocional

Entre os planos alimentares analisados, a dieta mediterrânea destacou-se por sua eficácia na redução de peso e na promoção da saúde cardiovascular e metabólica a longo prazo. Esta dieta enfatiza o consumo de grãos integrais, gorduras saudáveis, vegetais variados e proteínas magras.

O estudo também aponta que o controle emocional é essencial. Fatores como estresse e ansiedade podem desencadear episódios de compulsão alimentar, dificultando o processo de emagrecimento.

Intervenções médicas e cirúrgicas

Para casos mais graves de obesidade, o estudo menciona que intervenções médicas, como o uso de agonistas do receptor de GLP-1, são opções viáveis. Estes medicamentos, originalmente desenvolvidos para controle da diabete, promovem sensação de saciedade e auxiliam na perda de peso. No entanto, o uso prolongado desses medicamentos levanta questões sobre segurança, custo e possibilidade de recuperação do peso após a interrupção.

A cirurgia bariátrica é outra alternativa para pessoas com obesidade severa, especialmente quando associada a complicações como diabete tipo 2 ou doenças cardíacas. Procedimentos como bypass gástrico e gastrectomia vertical demonstraram eficácia na redução sustentada de peso e na diminuição de riscos relacionados.

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