Brasil e Paraguai iniciam mapeamento das estruturas de saúde nas cidades fronteiriças

Um novo acordo de cooperação entre Brasil e Paraguai, assinado após um evento binacional no último mês, dará início a um mapeamento das estruturas de saúde nas cidades fronteiriças entre os dois países. A ação conta com a participação do Governo de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES), como um dos signatários.

O objetivo principal do mapeamento é identificar as capacidades hospitalares, recursos humanos e equipamentos disponíveis em municípios localizados nas fronteiras, como Ponta Porã (MS) e Mundo Novo (MS), no Brasil, e Pedro Juan Caballero (PY), Foz do Iguaçu (PR), e Ciudad del Este (PY), no Paraguai.

A iniciativa envolve também a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (Sesa), as Prefeituras de Porto Murtinho e Ponta Porã, e autoridades de saúde do Paraguai. Para a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, o mapeamento é essencial para a criação de uma rede de saúde integrada entre os dois países. “O levantamento nos permitirá entender, em detalhes, a realidade de cada município, utilizando o cruzamento de dados a fim de verificar onde há falta de insumos, profissionais ou leitos”, destacou Maymone.

Como Funciona o Mapeamento

O mapeamento será realizado com base em diagnósticos detalhados nas unidades de saúde dos dois lados da fronteira. Além disso, será criada uma integração de dados para permitir o intercâmbio de informações, com o objetivo de responder de forma rápida e eficaz às necessidades emergenciais.

Outro ponto importante do acordo é a criação de uma sala de situação epidemiológica, que vai permitir a análise conjunta das situações de saúde e propor soluções compartilhadas, como o deslocamento de equipes entre os dois países em casos de emergência.

As cidades prioritárias para o mapeamento são:

  • Ponta Porã (MS) / Pedro Juan Caballero (PY)
  • Porto Murtinho (MS) / Carmelo Peralta (PY)
  • Salto del Guairá (PY) / Mundo Novo (MS) / Guaíra (PR)
  • Foz do Iguaçu (PR) / Ciudad del Este (PY)

Fronteira como Área de Atenção Contínua

O mapeamento não se limita a este diagnóstico inicial, mas servirá de base para outros eixos do acordo, como o intercâmbio de informações em tempo real e a Sala de Situação Epidemiológica. A previsão é que, com os dados precisos levantados, seja elaborado um plano de trabalho conjunto entre os dois países, com responsabilidades e metas definidas para garantir ações coordenadas.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, enfatizou a importância de ações integradas para o controle de doenças transmissíveis. “Doenças como dengue e febre amarela não respeitam fronteiras. Com dados precisos, poderemos intervir antes que surtos se espalhem”, afirmou.

Esse acordo visa não apenas melhorar a resposta de saúde pública nas regiões de fronteira, mas também fortalecer a cooperação internacional em áreas vitais como a saúde e o monitoramento epidemiológico.

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