O líder da direita portuguesa André Ventura, presidente do Chega, passou mal durante um comício em Tavira, em Portugal, e foi encaminhado a um hospital de ambulância.
Segundo o jornal português Público, Ventura está bem e está consciente e deve realizar exames complementares esta noite.
Em nota publicada nas redes, o partido Chega afirmou que Ventura “se encontra bem e estável”. “Na sequência de uma indisposição, o nosso presidente foi transportado para o hospital para fazer exames médicos apenas por precaução.”
O partido ultradireitista Chega é o maior responsável pelo movimento que levou as legendas da direita a ocupar 60% dos assentos parlamentares em Portugal. Criado em 2019, ele vinha ganhando cada vez mais projeção. Até que, este ano, tornou-se a terceira maior força do Congresso luso, rompendo a alternância de poder entre a esquerda e a direita moderadas que vigorava no país desde que este virou uma democracia, em 1974.
A grande figura por trás do partido é André Ventura, um comentarista esportivo que em determinado momento da carreira ganhou popularidade discutindo segurança pública na televisão.
Sua entrada oficial na política ocorreu em 2017, quando ele foi eleito vereador na Câmara Municipal de Loures, na região metropolitana de Lisboa, pelo centro-direitista PSD (Partido Social Democrata).
No ano passado, Ventura fez um comentário considerado racista em uma sessão oficial do Parlamento. Foi defendido, no entanto, pelo presidente do Parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, do PSD, a sigla governista, de centro-direita.
Na época, suas declarações associando a comunidade cigana ao recebimento indevido de benefícios e afirmando que havia “excessiva tolerância com alguns grupos e minorias étnicas” ganharam projeção nacional.
Ventura participava de um debate sobre a construção de um novo aeroporto em Lisboa, cuja previsão de entrega é em dez anos. O deputado disse que o aeroporto de Istambul foi construído em cinco, e, em seguida, disse que “os turcos não são propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo”.
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